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OMS emite alerta sobre hepatite de origem desconhecida que afeta crianças

Alguns dos casos registrados no Reino Unido, Espanha e Irlanda tiveram que passar por transplante de fígado

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São Paulo | AFP

A OMS (Organização Mundial da Saúde) está monitorando dezenas de casos de uma hepatite de origem desconhecida em crianças do Reino Unido, Espanha e Irlanda, dos quais alguns tiveram que passar por transplante de fígado, anunciou a organização nesta sexta-feira (15).

O Reino Unido notificou em 5 de abril dez casos de hepatite grave na Escócia, um balanço que, três dias mais tarde, subiu para 74, segundo o comunicado da OMS, que espera que novos casos surjam nos próximos dias.

Quarto de UTI para atendimento exclusivo a crianças com Covid-19 do Hospital Cândido Fontoura, em São Paulo - Adriano Vizoni/Folhapress

Alguns dos infectados tiveram que ser transferidos para o serviço especializado em doenças hepáticas, e seis menores precisaram de transplante de fígado, detalhou a OMS.

Além disso, foram notificados pelo menos cinco casos _possíveis ou confirmados_ na Irlanda e três na Espanha, informou a OMS. Contudo, não há registro de nenhuma morte.

A hepatite afeta principalmente menores de 10 anos e se manifesta por sintomas como icterícia (coloração amarelada da pele), diarreia, vômitos e dores abdominais.

Os vírus comuns da hepatite (A, B, C e E, além de D quando aplicável) não foram detectados nos menores infectados. Embora alguns casos tenham testado positivo para Sars-CoV-2 e/ou adenovírus, a caracterização genética dos vírus ainda deve ser realizada para determinar possíveis associações entre os casos.

Recentemente, o Reino Unido observou um aumento na atividade do adenovírus, que está co-circulando com o Sars-CoV-2, mas o papel desses vírus na patogênese (mecanismo pelo qual a doença se desenvolve) dessa hepatite misteriosa ainda não esteja claro.

Nenhum outro fator de risco epidemiológico foi identificado até o momento, incluindo viagens internacionais recentes. Testes laboratoriais para infecções adicionais, produtos químicos e toxinas estão em andamento para os casos identificados.

As autoridades descartaram qualquer relação com a vacina contra o coronavírus, pois nenhum dos casos registrados no Reino Unido recebeu o imunizante.

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