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Remédio para depressão pós-parto não tem previsão para chegar ao Brasil

Droga foi aprovada recentemente nos EUA; farmacêutica afirma que foco é o país americano

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São Paulo

Trazer o Zurzuvae ao Brasil não está nos planos atuais da Biogen, uma das farmacêuticas responsáveis pela droga. O remédio foi recentemente aprovado nos EUA para tratamento da depressão pós-parto. Em nota enviada à Folha, a empresa disse que explora oportunidades para distribuir o produto a outros países, mas atualmente seu foco são os Estados Unidos.

O fármaco foi a primeira pílula a receber autorização da agência FDA ( Food and Drug Administration), que regulamenta e fiscaliza alimentos e remédios nos EUA, para o tratamento da depressão pós-parto. O anúncio ocorreu na última sexta (4).

Placa com nome da Biogen em Cambridge, Massachusetts, nos EUA - Brian Snyder - 9.mar.20/Reuters

Os dados do estudo clínico do produto mostram que ele age rápido, começando a amenizar a depressão em até três dias, algo significativamente mais veloz do que os antidepressivos em geral. Isso, juntamente com o fato de que a pílula é usada somente por duas semanas, não por meses, pode encorajar mais pacientes a aceitar o tratamento, afirmam especialistas em saúde mental maternal.

A pílula, também chamada de zuranolona, foi desenvolvida pela farmacêutica Sage Therapeutics, companhia de Massachusetts que tem produção em conjunto com a empresa Biogen. Espera-se que a droga esteja disponível nos EUA após uma revisão com duração de 90 dias exigida para drogas que afetam o sistema nervoso central, segundo a Sage. Ainda não há um preço estipulado.

As empresas também pediram aprovação para uso da droga em transtorno depressivo maior, um mercado potencialmente muito mais amplo. O FDA ainda não proferiu uma decisão sobre esse pedido específico. Especialistas dizem que os dados para esse uso são menos convincentes.

A única outra droga aprovada para depressão pós-parto é a brexanolona, que também foi desenvolvida pela Sage e comercializa pela Zulresso. Contudo, essa droga, aprovada em 2019, requer uma infusão intravenosa de 60 horas realizada em um hospital. Além disso, há risco de perda de consciência e um custo de US$ 34 mil (R$ 167,3 mil). Segundo a Sage, somente cerca de mil pacientes usaram o medicamento até hoje.

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