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Suprema Corte dos EUA não decidiu que imunizantes contra a Covid-19 não são vacinas

Post cita decisão inexistente a favor de Robert Kennedy Jr., conhecido ativista antivacina

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São Paulo

É falso que a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu que os imunizantes contra a Covid-19 não são vacinas ou que a proteção feita de mRNA causa danos irreparáveis. A afirmação mentirosa, feita por um médico em vídeo que já havia sido retirado do Instagram, voltou a circular, agora no Kwai.

Na gravação, o médico afirma que a decisão da Suprema Corte teria sido a favor de Robert Kennedy Jr. —o advogado norte-americano é um conhecido ativista antivacina. Como checado pelo Comprova, verificações anteriores de veículos como Estadão Verifica e AFP Checamos já haviam concluído que o conteúdo era desinformativo, mas uma nova consulta ao site da corte dos Estados Unidos mostra que não há nenhum processo envolvendo o nome de Robert Kennedy Jr.. Tampouco há ação semelhante na página de processos ganhos pela Children’s Health Defense, associação chefiada por Kennedy Jr..

Robert F. Kennedy Jr., que teve nome envolvido em post viral com desinformação - Marco Bello - 19.mai.2019/Reuters

Além disso, a equipe do autor do vídeo, Djalma Marques, afirmou à reportagem que o post, publicado inicialmente no Instagram, foi retirado da plataforma. No entanto, o vídeo foi replicado e compartilhado por dezenas de perfis no Kwai.

A FDA (Food and Drug Administration), agência norte-americana que regula medicamentos quanto à eficácia e segurança, disse que o post é desinformativo e que as vacinas "são uma das intervenções de saúde pública mais eficazes, responsáveis por salvar milhões de vidas todos os anos". Finaliza afirmando que os benefícios das vacinas contra a Covid superam os riscos.

Falso, para o Comprova, é todo conteúdo inventado ou que tenha sofrido edições para mudar o seu significado original e divulgado de modo deliberado para espalhar uma falsidade.

A equipe de Djalma Marques não comentou o fato de o conteúdo ser falso, apenas disse, inicialmente, que o médico já havia tratado do assunto com o Instagram, onde o post havia sido publicado. Questionada se a publicação havia sido retirada por conter desinformação, respondeu que, "por ser um médico que posta muito nas redes sociais, às vezes há a necessidade de ajustar alguma informação, e foi isto que ocorreu".

Por que investigamos

O Comprova monitora conteúdos suspeitos publicados em redes sociais e aplicativos de mensagem sobre políticas públicas e eleições no âmbito federal e abre investigações para aquelas publicações que obtiveram maior alcance e engajamento. Você também pode sugerir verificações pelo WhatsApp +55 11 97045-4984. Sugestões e dúvidas relacionadas a conteúdos duvidosos também podem ser enviadas para a Folha pelo WhatsApp 11 99486-0293.

Leia a verificação completa no site do Comprova.

A investigação desse conteúdo foi feita por Folha, Correio e Estado de Minas e publicada em 20 de março pelo Comprova, coalizão que reúne 42 veículos na checagem de conteúdos virais. Foi verificada por BandNews FM, O Dia, Correio Braziliense e Tribuna do Norte.

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