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Descrição de chapéu Tóquio 2020

Maratona das seleções de vôlei começa com torneio 'indesejado'

Brasileiras estreiam nesta terça na Liga das Nações, alvo de críticas

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São Paulo

Finda a temporada de clubes e quase imediatamente começa o calendário das seleções no vôlei. Tem sido assim ano após ano, mas em 2019 o ritmo de competições será ainda mais frenético.

Nesta terça-feira (21), a equipe feminina do Brasil estreia na Liga das Nações, contra a China, às 20h, em Brasília. Na quarta e na quinta, os adversários serão República Dominicana e Rússia, no mesmo horário e também no ginásio Nilson Nelson. O SporTV 2 exibe.

A primeira fase terá cinco semanas de competição em países diferentes, até o dia 20 de junho. Caso o Brasil fique entre os cinco melhores, disputará a etapa decisiva, na China, de 3 a 7 de julho.

A competição mais importante do ano, porém, será no mês seguinte. O quadrangular do pré-olímpico, disputado de 2 a 4 de agosto em Belo Horizonte, dará uma vaga em Tóquio-2020. Para isso, o time dirigido pelo técnico José Roberto Guimarães terá que superar República Dominicana, Camarões e Azerbaijão.

O técnico José Roberto Guimarães orienta a seleção brasileira feminina em jogo de 2018 - Alexandre Loureiro/Inovafoto/CBV

Já na sequência, no dia 7 de agosto, começa o torneio de vôlei dos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, em que a equipe principal brasileira não está confirmada justamente por conta da sobreposição de competições.

Para encerrar a jornada, em setembro ainda haverá o sul-americano, no Peru, e a Copa do Mundo, no Japão.

A intensidade do calendário foi um dos motivos que levaram várias atletas a pedirem dispensa da seleção neste ano, entre elas as centrais Adenízia e Thaisa e a levantadora Dani Lins, todas campeãs olímpicas.

Zé Roberto ainda teve as baixas de Drussyla, cortada por lesão, e Bruna Honório, diagnosticada com um problema cardíaco. Em recuperação, Tandara só deverá estar à disposição no meio do ano.

Diante do calendário apertado, a Liga das Nações, competição mais longa, tornou-se alvo de crítica das seleções.

“Eu acho que a gente tem que conversar muito com a federação internacional, pois os tempos estão sendo muito apertados. Se eu pudesse, eu nem jogaria a Liga das Nações. É um campeonato que eu pularia, mas, como estamos classificados, somos obrigados a disputar”, disse Zé Roberto em entrevista à Globo.

Jogadoras que praticamente não têm férias depois de atuarem pelos clubes reforçam o coro contra o calendário, caso da ponteira Gabi Guimarães, 24, que teve uma semana de folga entre o fim da Superliga e a apresentação à seleção.

“A Liga das Nações acontece todo ano. Existe realmente essa necessidade? Ou se existe, poderíamos disputar com uma equipe mesclada? De que forma poderíamos estudar o calendário e evitar deslocamentos tão grandes toda semana?”, ela questiona.

Gabi também defende que o número de competições de clubes no Brasil diminua. “São algumas ideias, mas somente a CBV [confederação brasileira] e a federação internacional podem chegar nesse consenso, para que seja possível conciliar todas as datas e a gente ter um momento de recuperação para o nosso corpo e mente”, diz à Folha.

A levantadora Macris, 30, pondera que é difícil coordenar o calendário em nível mundial. “Cabe ao bom senso de cada atleta saber seus limites e entender até onde pode chegar e contribuir”.

Mesmo com o esforço, as duas dizem nem pensar em abrir mão de defender a seleção neste momento.
“Para mim sempre valerá a pena. Fico muito feliz de estar lá e ter a oportunidade de continuar buscando sonhos e metas diferentes a cada ano”, diz Gabi. “Vale a pena o esforço e os sacrifícios. Acho super importante e dou bastante valor, completa Macris.

Em 2018, a equipe ficou na quarta posição na Liga das Nações e em sétimo no Mundial, pior resultado desde 2002.

Vice-campeã mundial no ano passado, a seleção brasileira masculina, comanda pelo técnico Renan Dal Zotto, iniciará uma maratona semelhante no dia 31 de maio, também com a Liga das Nações.

Nesta semana, como preparação para as competições, a equipe fará dois amistosos em Campinas, contra o Canadá, nos dias 22, às 22h, e 24, às 21h30. Ambos serão transmitidos pelo SporTV 2.

Calendário das seleções de vôlei

Feminina
Liga das Nações - 20 de maio a 7 de julho
Pré-olímpico - 2 a 4 de agosto
Pan-Americano - 7 a 11 de agosto
Sul-americano - 28 de agosto a 1º de setembro
Copa do Mundo - 14 a 29 de setembro

Masculina
Liga das Nações - 31 de maio a 14 de julho
Pan-Americano - 3 de julho a 4 de agosto
Pré-olímpico - 9 a 11 de agosto
Sul-americano - 11 a 15 de setembro
Copa do Mundo - 1º a 15 de outubro

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