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Governo Doria deixa decisão sobre volta do futebol para Ministério Público

Federação quer convencer procurador-geral de Justiça a liberar retomada do Paulista

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São Paulo

Em reunião na manhã desta segunda-feira (15) com a FPF (Federação Paulista de Futebol), o governo de São Paulo deixou a cargo do Ministério Público a retomada ou não do Campeonato Paulista, suspenso até o dia 30 de março pela gestão João Doria (PSDB) em decorrência do recrudescimento da pandemia no estado.

Após a reunião, a FPF emitiu nota indicando uma nova reunião com o MP nesta segunda ou terça.

"A Federação Paulista de Futebol reuniu-se na manhã desta segunda-feira (15) com Patrícia Ellen, secretária de Desenvolvimento Econômico, Aildo Rodrigues Ferreira, secretário de Esportes, e Marco Vinholi, secretário de Desenvolvimento Regional, no Palácio dos Bandeirantes, para tratar da continuidade do Campeonato Paulista na Fase Emergencial. A FPF agora se reunirá com o Ministério Público Estadual", diz o comunicado.

“O Centro de Contingência tem neste momento uma posição bastante clara, que é de não realização desses eventos esportivos, e isso foi colocado mais uma vez nessa reunião [da manhã desta segunda]. Acredito que a FPF está compreendendo a gravidade do momento”, disse Paulo Menezes, coordenador do departamento de combate ao vírus do governo paulista durante coletiva da equipe de Doria, nesta segunda.

A Folha apurou que o procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo, mostra-se irredutível diante da pressão dos clubes. Ele foi o responsável pelo pedido para que as atividades esportivas fossem interrompidas no estado. Doria quer o aval do Ministério Público para autorizar a volta do futebol e se recusa a assumir sozinho essa responsabilidade.

Sarrubbo foi convidado por dirigentes da FPF e de agremiações para ir aos estádios e centros de treinamentos observar os protocolos adotados, mas recusou as propostas.

​A nova paralisação do esporte em SP faz parte de um pacote de restrições anunciadas na última quinta-feira (11) pelo governo estadual, da chamada fase emergencial. O governador João Doria (PSDB), inclusive, já admite a possibilidade de um lockdown caso a taxa de transmissão do vírus não diminua nas próximas semanas.

"Não hesitaremos em adotar todas as medidas que forem necessárias para proteger a população de São Paulo. A população precisa seguir as orientações dos médicos para se protegerem, ficarem em casa e respeitarem esse período da fase emergencial para que não tenhamos que adotar restrições mais duras se tivermos recrudescimento dos índices de infecção no estado", afirmou o governador em evento nesta segunda-feira.

A decisão de suspender o esporte no estado de São Paulo foi tomada dois dias antes do anúncio da última quinta. O fato causou reação da FPF, que pediu uma reunião e emitiu nota contrária à paralisação. A entidade e os clubes reclamam que o protocolo sanitário garante a segurança da atividade e que não houve diálogo.

Contrários à paralisação, os clubes contestam a medida adotada pelo governo sob a justificativa de que, ao suspender jogos –os treinos estão liberados–, eles perdem capacidade de monitorar seus atletas, que passam constantemente por testes de Covid-19 e avaliações clínicas no dia a dia dos centros de treinamento.

Equipe do governo Doria durante anúncio da fase emergencial da quarentena de São Paulo - Governo do Estado de São Paulo

Levantamento da Folha mostrou que apenas 2 dos 40 clubes da séries A e B do Brasileiro são a favor da paralisação total do futebol no país diante do atual momento da pandemia.

Atualmente, o estado abriga a disputa do Campeonato Paulista e também há times de São Paulo na Copa do Brasil. As partidas do torneio nacional foram remarcadas para outras unidades da federação.

Essa é a segunda suspensão do futebol em São Paulo. A primeira aconteceu no dia 16 de março de 2020 e durou até o final de julho.

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