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Avião cai durante desafio de troca de pilotos no ar nos EUA

Ideia era que os pilotos saltassem, um assumisse o avião do outro e pousassem: deu errado

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Murilo Basseto
Aeroin

Um avião caiu no Arizona (EUA) após dois pilotos paraquedistas tentarem uma manobra no ar para o desafio "Red Bull Plane Swap" (troca de aviões, em português). As aeronaves eram do tipo Cessna 182.

Como o nome do desafio indica, o objetivo era que os paraquedistas decolassem pilotando um avião e pousassem o outro. No ar, com as aeronaves mergulhando, com o nariz em direção ao solo, ambos saltariam das aeronaves e trocariam de lugar em queda livre. Deu errado.

Durante a manobra, um dos aviões saiu de controle e o piloto que deveria assumi-lo abriu o paraquedas. O outro avião pousou como previsto.

Avião da Red Bull caiu após manobra não autorizada pela FAA (dministração Federal de Aviação dos Estados Unidos) - Reprodução/Twitter

O projeto contou com estudos detalhados e a participação do engenheiro aeronáutico Paulo Iscold, que desenvolve aviões e tem no currículo produções que bateram recordes mundiais de velocidade.

Iscold e a equipe envolvida no projeto instalaram freios aerodinâmicos para estabilizar e controlar a velocidade das aeronaves durante o mergulho, adaptaram o sistema de piloto automático para a situação incomum de voo em direção ao solo.

Segundo documento da FAA (Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos), emitido na última sexta (22), o pedido do piloto Luke Aikins para que os aviões pudessem ficar sem piloto a bordo durante o desafio não havia sido autorizado.

"A FAA considerou a petição e entende que conceder uma isenção [à regra de avião] não seria de interesse público e não pode concluir que a operação proposta não afetaria negativamente a segurança", diz o texto.

Avião da Red Bull caiu após manobra não autorizada pela FAA (dministração Federal de Aviação dos Estados Unidos) - Reprodução/Red Bull

Os aviões se mantiveram estáveis durante os testes de mergulhos com os freios aerodinâmicos abertos. No entanto, mesmo nos testes, os aviões nunca haviam ficado sem ninguém a bordo, como deveria acontecer durante a manobra.

Iscolad suspeita que o piloto automático não tenha sido capaz de lidar com o peso extra do combustível e que este tenha sido um fator determinante para o fracasso da manobra. Isso porque o combustível fica nas asas, acima do centro de gravidade da aeronave. "Eu tinha falado sobre o [peso do] combustível. Foi a única coisa que não pudemos testar", disse Iscold aos pilotos já em solo após a queda.

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