Siga a folha

Descrição de chapéu Copa do Mundo 2022 machismo

Mulheres se sentem mais seguras na Copa com restrições a bebidas alcoólicas

Restrições permitem ambiente mais controlado e confortável, segundo torcedoras

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Phillip O'Connor Helena Williams
Doha (Qatar) | Reuters

Muitos torcedores ficaram revoltados com a ideia de que a Copa do Mundo seria disputada em um país conservador como o Qatar, onde a venda de álcool é altamente restrita. Mas, para mulheres que foram torcer no país asiático, a restrição tem tornado a experiência no torneio mais segura.

"Eu estava esperando um lugar muito perigoso para mulheres, não pensava que seria seguro aqui. Desde que cheguei, me sinto segura como uma torcedora viajante", disse Ellie Molloson à Reuters.

Ella Molloson, embaixadora do HerGameToo e torcedora da Inglaterra, veste uma camisa do Nottingham Forrest no Qatar - Leonardo Benassatto/Reuters

Molloson, que é embaixadora de uma campanha contra o machismo no futebol chamada HerGameToo, disse que seu pai estava tão preocupado que a acompanhou até o Qatar para garantir que ela ficasse segura, mas sua companhia acabou por ser desnecessária.

A jovem de 19 anos disse que a falta de álcool contribuiu para que a atmosfera esteja menos obscena e desrespeitosa em volta dos jogos da Copa do Mundo, mas, em sua opinião, a principal diferença é cultural.

"Acho que, na verdade, isso tem a ver com o conservadorismo. O álcool causa um pouco mais de hostilidades do que com o assédio em público", ela explica. "Eu gosto de bagunça, de uma boa atmosfera, mas você não vê muito disso por aqui. É muito diferente, acaba sendo um ambiente mais familiar, um clima bem diferente do que acontece na Inglaterra".

A torcedora da Argentina, Ariana Gold, 21, disse à Reuters que estava nervosa antes de viajar para o Oriente Médio, já que não sabia o que esperar.

"É bom para mulheres, gosto muito de futebol e pensei, quando estava em meu país, que o Qatar seria um ambiente hostil a mulheres. Mas não, estou confortável aqui", ela disse.

Bebidas alcoólicas são vendidas em bares e hotéis no Qatar, mas há pouco consumo em comparação a outras edições do maior torneio de futebol do mundo.

"A atmosfera é ótima, mesmo sem as bebidas", disse Emma Smith, torcedora da Inglaterra. "Todo mundo está curtindo mesmo assim". Ela ainda afirma que se sente segura no país.

"Como aqui tem pouco álcool, me sinto realmente segura".

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas