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Presidente da Fifa ajudou a me libertar, diz invasor de campo da Copa

Manifestante foi detido após entrar no gramado com uma bandeira do arco-íris no duelo entre Portugal e Uruguai

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Philip O'Connor Hani Richter
Doha (Qatar) | Reuters

O manifestante que entrou em campo durante o jogo da Copa do Mundo entre Portugal e Uruguai segurando uma bandeira do arco-íris disse à Reuters que o presidente da Fifa, Gianni Infantino, interveio para garantir que ele fosse libertado pelas autoridades do Qatar.

Vestindo uma camiseta azul com a mensagem "Salve a Ucrânia" na frente e "Respeito pelas mulheres iranianas" nas costas, Mario Ferri, que atende pelo apelido de Falcão, foi abordado por seguranças e levado embora.

"Gianni Infantino é inteligente. Falcão está livre, sem problemas no Qatar", explicou ele em entrevista por teleconferência de sua casa na Itália.

Mario Ferri, conhecido como Falcão, com a bandeira de arco-íris no gramado do estádio Lusail, durante o jogo Portugal x Uruguai, pela fase de grupos da Copa - Kirill Kudryavstsev - 28.nov.22/AFP

O homem de 35 anos disse que achava que Infantino, nascido na Suíça e filho de imigrantes italianos, queria evitar um incidente diplomático ou cobertura negativa da mídia, então ele interveio para libertar Ferri.

A Reuters entrou em contato com a Fifa para comentar.

"Os policiais do Qatar são muito cavalheiros, muito simpáticos, me perguntaram se eu queria água, café, um croissant. Muito simpáticos", disse Falcão.

Ele conta que estava sob custódia por cerca de meia hora quando o presidente da Fifa apareceu de repente.

"Depois que entreguei meus documentos pessoais à polícia, fiquei esperando e, em 30 minutos, Gianni Infantino, o presidente da Fifa, veio me ajudar", explicou.

Invasões anteriores

Ferri disse que Infantino o reconheceu de invasões de campo anteriores, das quais ele afirma ter feito 11 no total, inclusive nas Copas do Mundo de 2010 e 2014.

"Ele me perguntou 'por quê? O Qatar é muito perigoso para você, mas tenho um plano para ajudá-lo'. Ele foi falar com pessoas importantes da polícia do Qatar e em 30 minutos estava livre. Estava livre, fora do estádio."

Ferri revelou que passou um mês como trabalhador humanitário na capital ucraniana, Kiev, em março deste ano. Ver de perto a Guerra da Ucrânia teve um efeito profundo sobre ele.

"Lembro-me de tudo, lembro-me das crianças fugindo de suas casas, das velhinhas e dos velhinhos que não tinham casa, comida ou água. É muito importante para mim parar a guerra", disse.

Ferri deixou o Qatar e diz que vai continuar com seus protestos.

"Estou sempre tentando lutar por um novo mundo, não quero guerra no mundo. Quero paz no mundo", disse ele.

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