Esgrimista ucraniana suspensa por não cumprimentar russa é liberada para competir
Após polêmica no Mundial, entidade muda regra, e aperto de mãos entre adversárias deixa de ser obrigatório
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A suspensão da esgrimista Olga Kharlan, desclassificada do Mundial de Esgrima por ter se recusado a cumprimentar sua adversária russa, foi retirada nesta sexta-feira (28), anunciou a Federação Internacional de Esgrima (FIE). A decisão a autoriza a participar da prova por equipes, a partir de sábado (29).
A FIE também fez uma alteração no regulamento, que deixa de obrigar o aperto de mãos entre adversários, disse Bruno Gares, membro da Comissão Executiva da entidade, em coletiva de imprensa.
A suspensão da tetracampeã mundial reduzia as opções de seu país na prova por equipes do Mundial, no qual os pontos valem o dobro na classificação para as Olimpíadas de Paris 2024.
O presidente interino da FIE, Emmanuel Katsiadakis, citado no comunicado, informou que a suspensão foi retirada "após consultas com o Comitê Olímpico Internacional" (COI).
Diante das circunstâncias excepcionais deste caso, o COI anunciou, por meio de uma carta de seu presidente, Thomas Bach, que a ucraniana tem uma vaga garantida nos Jogos Olímpicos do ano que vem.
Na quinta-feira (27), o duelo entre Olga Kharlan e a russa Anna Smirnova, que competia na condição de "atleta individual neutra", foi o primeiro entre representantes das duas nacionalidades desde o início da invasão à Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Um dia antes, a Ucrânia autorizou atletas a enfrentarem adversários russos ou bielorrussos, desde que competissem sob bandeira neutra, de acordo com as recomendações do COI.
Até então, os ucranianos estavam proibidos de participar em competições envolvendo cidadãos russos ou bielorrussos, exceto no tênis, onde os jogadores competem individualmente.
Em vez de cumprimentar a adversária após vencer o duelo por 15 a 7, Kharlan estendeu seu sabre de forma que as lâminas se chocassem, saudação utilizada durante a pandemia de Covid-19.
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