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CBB demite preparador físico da seleção feminina após post contra aborto

Diego Falcão foi desligado depois de indignação provocada entre as jogadoras

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São Paulo

A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) não deverá mais contar com o preparador físico Diego Falcão. A decisão da entidade foi comunicada ao técnico José Neto neste sábado (22), um dia após Falcão fazer publicações contra o aborto.

Ele fazia parte da comissão técnica da seleção feminina.

Diego Falcão, ex-preparador físico da seleção feminina de basquete - Divulgação

A CBB tomou esta decisão após pedidos das atletas, que ficaram incomodadas com as postagens de Falcão. Falcão demonstrou ser favorável ao projeto de lei Antiaborto por Estupro, de autoria do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

O texto do projeto, que tramita no Congresso, estipula um teto de 22 semanas na realização de qualquer procedimento de aborto em casos de estupro no Brasil.

Hoje, o procedimento só é permitido em três situações, que são gestação decorrente de estupro, risco à vida da mulher e anencefalia fetal. Os dois primeiros estão previstos no Código Penal de 1940 e o último foi permitido via decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em 2012. Para todos esses cenários, não há limite da idade gestacional para a realização do procedimento.

Desta forma, é no tempo de gravidez que mira o projeto, de autoria do deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ). O texto quer alterar o Código Penal para aumentar a pena imposta àqueles que fizerem abortos quando há viabilidade fetal, presumida após 22 semanas de gestação. A ideia é equiparar a punição à de homicídio simples, que pode chegar a 20 anos. A pena valeria tanto para grávidas, quanto para quem realiza o procedimento.

Nas redes sociais, o preparador físico disse que "qualquer país que aceite o aborto não está ensinando o seu povo a amar, mas a usar qualquer violência para conseguir o que deseja". A Folha não conseguiu localizar Falcão neste domingo.

O preparador físico não tinha vínculo empregatício com a CBB, mas era convocado pela entidade para algumas competições ou projetos. Ou seja, ele atuava como um prestador de serviços da CBB.

Atletas como Clarrisa dos Santos e Damiris também foram às redes após as postagens de Falcão.

"Inaceitável que um profissional, que trabalha com o feminino, demonstre esse tipo de posicionamento nas redes sociais. O estupro é um crime grave", escreveu Damiris.

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