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Vôlei de praia terá disputa na frente da Torre Eiffel

Medalhas distribuídas aos atletas em Paris-2024 têm material retirado da torre

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Paris

Ela era só uma garotinha de 11 anos quando aconteceram os primeiros Jogos de Paris, em 1900. Garotinha, mas vivida. A Torre Eiffel nasceu vermelha, em 1889, e foi trocando de cor algumas vezes.
Reza a lenda que ela tinha cinco tons de amarelo naquela Olimpíada, para homenagear, claro, a Exposição Mundial, não os Jogos.

Em 2024, com o símbolo dos anéis olímpicos, ela será onipresente. Vai ser difícil passar pela transmissão na TV de algum dia olímpico sem bater de frente, ou de lado, com a torre construída por Gustave Eiffel.
Depois do show do vôlei de praia na Rio-2016, nas areias de Copacabana, a modalidade foi escolhida para ser disputada em uma arena para 12 mil pessoas montada no Campo de Marte, na cara da Dama de Ferro. Será o cartão-postal da Olimpíada. Nos Jogos Paralímpicos, a mesma estrutura vai abrigar o futebol para cegos.

Torre Eiffel em Paris ao entardecer, com os cinco anéis olímpicos pendurados na estrutura - AFP

Se não tiver ingresso, o caminho mais fácil para dar uma olhada na arena é para o alto, subindo na torre. Neste caso, é só pagar a módica quantia de 22,60 euros (cerca de R$ 133) e pegar um elevador até a deslumbrante vista do primeiro piso (a 57 m de altura) ou do segundo (a 116 m). Achou caro? Dá para pagar também 14,20 euros (R$ 84) e dispensar o elevador —são 327 degraus até o primeiro andar e outros 347 para chegar no segundo. Como isso não virou modalidade olímpica em Paris, não sabemos.

Lá do alto dá para ver o Grand Palais Éphémère, atrás da arena de vôlei, estrutura provisória que vai abrigar as modalidades de judô e lutas.

Dando meia volta na torre, na outra ponta da ponte d’Iéna, dá para ver as arquibancadas do Parque dos Campeões, no Trocadéro. É ali que os medalhistas olímpicos de cada dia vão desfilar em uma passarela diante de 13 mil pessoas.

No melhor estilo Rafael Nadal, muitos deles provavelmente vão morder a medalha para aquela famosa foto. O que talvez nem todos saibam é que estarão mordendo a própria torre. Pois é.

As belas peças de ouro, prata e bronze estão decoradas com um pedaço do ferro em formato hexagonal, bem no centro da medalha. Fique tranquilo, ninguém cortou o monumento.

Durante o século 20, foram realizadas algumas obras de modernização na área em que estão os elevadores. Com isso, parte da estrutura foi removida permanentemente e, como estamos na França, foi cuidadosamente preservada. Com os Jogos Olímpicos, encontraram uma digna finalidade para o ferro guardado.

Há também na torre um pequeno espaço com vários pôsteres de filmes clássicos (e outros nem tanto) que usaram a torre como cenário. Ainda não estava lá o cartaz do recente "Eiffel" (2021), de Martin Bourboulon (disponível no streaming Max), com Romain Duris no papel do engenheiro Gustave, sobre o período da polêmica e revolucionária construção.

Curiosamente, o filme conta que Gustave não queria fazer a torre. Preferia investir seu talento no primeiro metrô de Paris. Acabou mudando de ideia e construindo a Dama de Ferro em formato de A, reza a lenda, em homenagem à sua querida Adrienne (Emma Mackey), com quem teve um romance interrompido.

Mas se você quiser ver um pouco mais de movimento é só apelar para o "007 - Na Mira dos Assassinos" (1985), com Roger Moore, o mais canastra dos Bonds, tomando um vinho no restaurante do piso superior antes de perseguir uma vilã torre abaixo. Na época, fez muito sucesso o hit "A View To a Kill", assim como seu clipe, com integrantes do Duran Duran também fazendo peripécias pela estrutura de ferro.

Ou é só acompanhar as aventuras quase olímpicas da heroína francesa Ladybug, que pulula na torre a cada dois episódios.

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