Siga a folha

Descrição de chapéu Olimpíadas 2024

Esperança de medalha, Hugo Calderano perde disputa do bronze no tênis de mesa

Superado por francês, carioca falha na tentativa de dar primeira medalha olímpica ao Brasil na história da modalidade

Assinantes podem enviar 7 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Paris

Derrotado nas semifinais do tênis de mesa nos Jogos Olímpicos de Paris, na sexta-feira (2), Hugo Calderano teve nova decepção na tarde francesa de domingo (4). O brasileiro encarou o francês Félix Lebrun na disputa do bronze e acabou sendo superado mais uma vez.

Empurrado pelo barulhento público local, o adolescente de 17 anos vibrou a cada ponto e teve maior consistência desde o início do confronto no pavilhão 4 da Arena Paris Sul. O competidor da casa fechou a partida em 4 a 0, parciais de 11/6, 12/10, 11/7 e 11/6.

"Ele conseguiu impor um ritmo de jogo muito alto, e eu não consegui reagir. Tive uma chance ali no segundo set, mas acho que não teve nada muito tático a se falar. Simplesmente não consegui achar o meu ritmo, e, quando é assim, não dá para falar muito sobre tática. É sobre mim mesmo", disse Calderano.

Ele deixará a França com a melhor campanha de um atleta das Américas em qualquer edição do torneio olímpico da modalidade, historicamente dominada por asiáticos, especialmente chineses. Os únicos atletas não asiáticos que levaram medalha foram exceções europeias: da Suécia, da Alemanha, da França e da antiga Iugoslávia.

Hugo Calderano teve dificuldades contra Félix Lebrun - Folhapress

Apesar disso, o carioca de 28 anos não escondeu a decepção. Sua meta era a medalha inédita para o Brasil, que parecia ao alcance quando ele atingiu as semifinais, com imponentes vitórias em sequência sobre o francês Alexis Lebrun (irmão de Félix) e sobre o sul-coreano Jang Woo-jin. Sexto colocado do mundo, enfrentaria o 26º, o sueco Truls Moregardh.

Mas Moregardh já havia tirado do caminho o líder do ranking, o chinês Wang Chuqin. E levou a melhor por 4 a 2, com uma impressionante virada no primeiro set, no qual tinha desvantagem de 10 a 4, e com set points salvos também na segunda parcial.

O brasileiro deixou claro seu descontentamento na sexta-feira, logo após o revés, e disse estar com dificuldade de pensar na disputa do bronze, dois dias depois. De volta à mesa, não teve a força necessária para resistir ao promissor Félix, número cinco do ranking.

"Foi bem difícil para eu me recuperar da derrota na semifinal. Tentei o meu melhor, tentei pensar em como abordar a disputa do bronze. Minha equipe me ajudou bastante, mas foi muito difícil. Fiz todo o possível, o que pude, mas não consegui ter o meu melhor na partida", avaliou.

Lebrun teve clara superioridade no primeiro set, criando problemas ao rival com seu saque, e fez 11 a 6. Calderano melhorou na sequência e chegou a sacar em 10 a 9, porém cometeu erros e perdeu mais uma parcial, 12 a 10. Abalado, voltou a falhar na sequência e foi derrotado na terceira parcial por 11 a 7, placar fechado em um saque errado.

Restava a tentativa de uma virada espetacular. Apesar das orientações de seu treinador, o francês Jean-René Mounié, o brasileiro jamais conseguiu realmente entrar na partida. Superado por 11 a 6 no quarto set, deixou cabisbaixo o ginásio, sem a medalha que foi buscar em Paris.

O carioca ainda voltará à Arena Paris Sul para a disputa por equipes. O time masculino do Brasil iniciará sua trajetória na segunda-feira (5), contra Portugal, e não é apontado entre os favoritos. Terminado esse campeonato, Hugo vai descansar.

"O torneio por equipes já vai começar, vai ser um desafio muito grande. Mas, depois tisso, vou tirar um tempo, algumas semanas ou um mês fora, com a minha família, para tentar descansar um pouco. Com certeza, vai me fazer muito bem isso", disse o atleta, citando o calendário pesado do circuito, ao qual promete retornar com força.

"Com certeza, a minha carreira e a minha vida não acabam aqui. Acho que ainda tenho muito mais para dar ao esporte brasileiro, ao tênis de mesa brasileiro. Claro que vou precisar assimilar este resultado, que foi um resultado positivo, mas, claro, muito decepcionante no final. Só preciso de tempo para voltar com calma. Sempre me dedico ao máximo e deixo tudo na mesa, não vou parar de fazer isso."

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas