Orquestra toca 'Thriller', de Michael Jackson
Petrobras Sinfônica recria, em sessões no teatro Bradesco, disco do cantor morto em 2009
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Ele é o álbum mais vendido de todos os tempos, com um punhado de hits que ouvintes de todas as idades reconhecem nos primeiros acordes, cantados pela voz mais inconfundível da música pop mundial. E, agora, "Thriller" (1982) é também um concerto.
O clássico disco de Michael Jackson ganhou versão orquestral a cargo da Petrobras Sinfônica e, depois de duas apresentações que lotaram o Teatro Municipal do Rio, em dezembro, chega a São Paulo nesta quinta (22) e sexta (23), antes de retornar ao Rio no domingo (25).
"Michael Jackson engloba muita gente diferente que nunca teve acesso a um concerto. Com esse projeto, queremos desmistificar uma orquestra sinfônica, tocando grandes hits", diz Felipe Prazeres, 41, regente assistente e spalla da orquestra.
Ele é o maestro que comanda os 54 músicos que apresentam o disco na íntegra e na ordem, da dançante "Wanna Be Startin Somethin" à balada "The Lady in My Life", nona e última faixa.
O ouro, como sabem os fãs, está no meio de campo: a sequência com "The Girl Is Mine" (que tem participação de Paul McCartney no disco), "Thriller", "Beat It", "Billie Jean" e "Human Nature".
Seus pouco mais de 42 minutos viram cerca de 70 na apresentação da orquestra graças à abertura que foi criada por Jessé Sadoc um dos arranjadores, ao lado de Marcelo Caldi e Mateus Freire e ao bis, no qual os músicos tocam um medley com "ABC" (dos Jackson 5), "Rock with You" e "Dont Stop til You Get Enough".
"Thriller Sinfônico" é o segundo concerto da série "Álbuns", no qual a Orquestra Petrobras Sinfônica recria discos pop como forma de popularizar a música clássica e renovar o público do gênero. O primeiro a ganhar tratamento orquestral foi "Ventura", do Los Hermanos.
Palmas
"No 'Ventura' eu ficava basicamente regendo a plateia. No 'Thriller', não posso pedir para as pessoas cantarem, tento pegar a parte da percussão. Uso as palmas, puxo e corto, acho que o público sai mais feliz quando você torna ele parte do espetáculo."
O regente diz ter preferido não convidar um cantor há três backing vocals, que dão conta de momentos como a risada de Vincent Price em "Thriller", mas, sim, recriar os vocais de Michael de modo instrumental.
"Era mais proveitoso para nós desmistificar a orquestra, colocando a voz dele em todos os instrumentos, tornando-a mais próxima do público, do que colocar um cover de Michael Jackson, um imitador que ficaríamos acompanhando."
Dark side
O próximo álbum do projeto será o clássico "The Dark Side of the Moon" (1973), do Pink Floyd, com regência do maestro Isaac Karabtchevsky, 83. A estreia será em 9/11, no Vivo Rio. "O Isaac ama esse projeto e já tinha pedido para pensarmos em um [álbum] com a cara dele. Achamos que combinaria com o Dark Side, vai ficar bonito", diz Mateus Simões, diretor executivo da orquestra.
THRILLER SINFÔNICO
QUANDO qui. (22) e sex. (23), às 21h
ONDE Teatro Bradesco SP, Bourbon Shopping, r. Palestra Itália, 500, 3° piso, Perdizes
QUANTO R$ 105 a R$ 200; livre
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