Baile Met Gala enterra proposta de exaltar bom gosto com verniz profano
Sobraram acessórios que remetiam à imagem dos santos e anjos descritos na bíblia
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Daí você é convidado para a festa mais “fashion” do ano. Com que roupa ir? Segundo as convidadas do Met Gala 2018, bastam halo, vestido bordado e véu, arandela ou coroa na cabeça e o look santificado está pronto para o flash.
As convidadas do baile que abriu a mostra anual de vestuário no Metropolitan Museum, em Nova York, caíram na maioria dos lugares-comuns possíveis dentro do tema da exposição “Heavenly Bodies”, cuja ideia é destrinchar a relação entre a moda e o catolicismo.
Sobraram acessórios que remetiam à imagem dos santos e anjos descritos na bíblia, mas o velho combo saia bolo com estampa floral enterrou o que deveria ser uma exaltação ao bom gosto com verniz de profanação.
Corretas, as modelos Gisele, Gigi Hadid e Kendall Jenner, a socialite Kim Kardashian e a cantora Karen Elson esnobaram o tema e preferiram a segurança do look “antimeme”: fendas, brilhos e monocromia, típicos dos longos dos tapetes vermelhos do cinema.
Quem virou meme, mas pelo menos arriscou, foi Rihanna, que trajada com conjunto de vestido, capa e mitra forrados com pérolas e cristais da Maison Margiela, se transformou na segunda papisa da história —fala-se que a primeira, Joana, teria reinado no século 9.
Outra Joana, a D’Arc, também cruzou o tapete bege. A rapper Zendaya vestiu a armadura prateada com o longo, entrando no clima da festa.
Festa que parece mas não é à fantasia, como esqueceu Katy Perry ao bater as asas Victoria’s Secret combinadas a um vestido de crochê dourado e botas da mesma cor.
A graça do Met Gala é encontrar um meio-termo entre o glamour e o absurdo —como fez a cantora Janelle Monáe, de vestido Marc Jacobs com ombreiras anos 1980 arrematado com um chapéu-halo e uma touca de correntes.
Madonna, por sua vez, habituada ao estilo Like a Prayer, foi com o amigo Jean Paul Gaultier, autor do vestido com decote em cruz da rainha do pop.
A coroa, pelo menos no caso dela, fez mais sentido do que a da atriz Sarah Jessica Parker, esmagada embaixo de um lampião pregado na cabeça.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters