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Livraria corta pedaço de clássico de Kafka e manda para ministro da Educação

Dono da Leonardo da Vinci, no Rio, enviou junto carta a Weintraub: 'Temos certeza de que isso não impedirá sua leitura'

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São Paulo

Um dia depois dos protestos em defesa dos recursos para a educação, a livraria Leonardo da Vinci, do Rio de Janeiro, viralizou na internet com a foto de uma carta e um livro cortado, endereçados ao ministro Abraham Weintraub.

Edição cortada de "A Metamorfose" enviada pela livraria Leonardo da Vinci ao ministro da Educação, Abraham Weintraub - Reprodução/Instagram

A imagem exibe uma edição cortada do clássico “A Metamorfose”, de Franz Kafka, a quem o ministro já se referiu como “Kafta”, em uma confusão com o nome do tradicional prato da culinária árabe.

O livro aparece sem uma parte, em uma alusão aos cortes de verba nas universidades federais anunciados pelo governo. “Pedimos desculpas pelo corte de 25% no livro, mas a situação das livrarias brasileiras está difícil”, diz, ironicamente, a postagem.

Apoiando as manifestações contra os cortes na educação, a tradicional livraria independente do Rio já havia feito outras postagens semelhantes.

Durante a polêmica da exposição “Queermuseu”, a Leonardo da Vinci convocou os clientes para uma “queima de livros” que tivessem referências à nudez ou à palavra “sexo”.

Segundo Daniel Louzada, dono da pequena livraria —que funciona há 62 anos no mesmo endereço—, desta vez o alcance da postagem foi ainda maior. “Fiz a publicação ao meio-dia de hoje e de fato nos surpreendeu”, diz. “Temos uma base forte de clientes fiéis, mas dessa vez extrapolou.”

Louzada, que serrou ele mesmo a edição ilustrada de “A Metamorfose”, diz aguardar uma resposta do ministro Weintraub. "Esperamos que chegue para ele."

 
Nesta quarta (15), capitais e centenas de cidades do país receberam protestos em resposta à decisão do ministro da Educação, que reduziu o orçamento das universidades federais e bloqueou bolsas de pesquisa.

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