Em 'Crime Sem Saída', Chadwick Boseman está melhor do que em 'Pantera Negra'
O longa, no entanto, não tem a crueza nem a inteligência do roteiro de outros filmes da carreira do ator
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Quando dão folga do papel de Pantera Negra a Chadwick Boseman, o ator tem conseguido fazer alguns filmes policiais interessantes. “King: Uma História de Vingança”, de 2016, é uma pequena obra prima do gênero.
Agora, com “Crime Sem Saída”, ele prova mais uma vez que tem mais a oferecer do que apenas as fantasias de super-heróis. Vale lembrar, é claro, que seu “Pantera Negra” (2018) foi o quinto mais exitoso dos 23 filmes do Universo Marvel, e o primeiro de um personagem único: acima dele estão os quatro filmes dos Vingadores.
Boseman interpreta o policial Andre Davis, que logo no início aparece se explicando à corregedoria por que segue matando criminosos no cumprimento do dever. Com fama de matador de assassinos, ele é logo chamado quando um roubo de drogas no Brooklyn termina com sete policiais mortos.
Na perseguição aos ladrões, ele pede que Manhattan seja fechada por aquela noite. Daí o nome original do filme, “21 Brigdes”, referindo-se às 21 pontes que servem de acesso à ilha nova-iorquina.
Vai ajudá-lo uma agente de narcóticos, vivida por Sienna Miller, enfeada e praticamente irreconhecível. O chefe policial é interpretado por J.K. Simmons, que, com sua careca brilhante, parece que nunca vai se livrar do grande papel do terrível professor de jazz em “Whiplash: Em Busca de Perfeição” (2014).
Haverá reviravoltas no roteiro, pois um pen drive com movimentação de dinheiro de drogas vai implicar algumas pessoas que farão de tudo para encobrir o fato.
“Crime Sem Saída”, no entanto, não tem a crueza nem a inteligência do roteiro de “King”. O diretor Brian Kirk, que lança esse longa após muitas minisséries e seriados para a TV, dá muita coisa de barato, a principal delas é facilidade com que engole um grupo de policiais corruptos e entrega uma explicação infantilóide para o caso.
A perseguição ao criminoso “do bem” também se alonga demais, uma vez que logo fica óbvio que nosso herói Davis é o único capaz de salvar sua vida. Mesmo assim, ele segue correndo.
O filme se sustenta mesmo pelo carisma de Boseman, cujo rosto atormentado cai bem melhor em papeis de detetives cheios de dúvidas do que como um super-herói com poucas facetas como é o Pantera Negra.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters