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Cinema

Em 'Crime Sem Saída', Chadwick Boseman está melhor do que em 'Pantera Negra'

O longa, no entanto, não tem a crueza nem a inteligência do roteiro de outros filmes da carreira do ator

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Crime Sem Saída

Avaliação: Bom
  • Elenco: Brian Kirk
  • Produção: EUA, 2019
  • Direção: Brian Kirk

Quando dão folga do papel de Pantera Negra a Chadwick Boseman, o ator tem conseguido fazer alguns filmes policiais interessantes. “King: Uma História de Vingança”, de 2016, é uma pequena obra prima do gênero.

Agora, com “Crime Sem Saída”, ele prova mais uma vez que tem mais a oferecer do que apenas as fantasias de super-heróis. Vale lembrar, é claro, que seu “Pantera Negra” (2018) foi o quinto mais exitoso dos 23 filmes do Universo Marvel, e o primeiro de um personagem único: acima dele estão os quatro filmes dos Vingadores.

Boseman interpreta o policial Andre Davis, que logo no início aparece se explicando à corregedoria por que segue matando criminosos no cumprimento do dever. Com fama de matador de assassinos, ele é logo chamado quando um roubo de drogas no Brooklyn termina com sete policiais mortos.

Na perseguição aos ladrões, ele pede que Manhattan seja fechada por aquela noite. Daí o nome original do filme, “21 Brigdes”, referindo-se às 21 pontes que servem de acesso à ilha nova-iorquina.

Vai ajudá-lo uma agente de narcóticos, vivida por Sienna Miller, enfeada e praticamente irreconhecível. O chefe policial é interpretado por J.K. Simmons, que, com sua careca brilhante, parece que nunca vai se livrar do grande papel do terrível professor de jazz em “Whiplash: Em Busca de Perfeição” (2014).

Haverá reviravoltas no roteiro, pois um pen drive com movimentação de dinheiro de drogas vai implicar algumas pessoas que farão de tudo para encobrir o fato.

“Crime Sem Saída”, no entanto, não tem a crueza nem a inteligência do roteiro de “King”. O diretor Brian Kirk, que lança esse longa após muitas minisséries e seriados para a TV, dá muita coisa de barato, a principal delas é facilidade com que engole um grupo de policiais corruptos e entrega uma explicação infantilóide para o caso.

A perseguição ao criminoso “do bem” também se alonga demais, uma vez que logo fica óbvio que nosso herói Davis é o único capaz de salvar sua vida. Mesmo assim, ele segue correndo.

O filme se sustenta mesmo pelo carisma de Boseman, cujo rosto atormentado cai bem melhor em papeis de detetives cheios de dúvidas do que como um super-herói com poucas facetas como é o Pantera Negra.

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