Gaby Amarantos leva rap indígena à posse de Lula em show com falhas técnicas
Única artista do norte do país a encabeçar um dos shows do Festival do Futuro, cantora convidou Kaê Guajajara e Jaloo
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A chuva fina espantava parte do público quando Gaby Amarantos subiu ao palco Elza Soares no Festival do Futuro, em Brasília, na madrugada desta segunda (2). O evento, na Esplanada dos Ministérios, marca a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores.
O atraso somado a ruídos de microfonia e pouca nitidez de sons graves atrapalharam a cantora, especialmente no início do show. Os problemas chegaram a interromper a apresentação, mas foram amenizados no decorrer do espetáculo.
A cantora paraense foi a única artista do norte do país a encabeçar um dos shows do festival. Amarantos trouxe para seu espetáculo músicas, projeções e artistas que dialogam não só com a região Norte como também com questões indígenas —a região tem maior contingente de povos tradicionais no país.
Cantando em língua originária, a rapper Kaê Guajajara mostrou seu cruzamento de rap e eletrônica seguida por Jaloo. Nome importante do indie nacional, ele fez um dueto com Amarantos em uma de suas músicas de maior sucesso, "Chuva". Outro nome que subiu ao palco foi a paraense Aíla, uma das revelações do estado.
Sozinha no palco, Amarantos apresentou um catálogo sonoro do Pará como se acostumou a fazer nos últimos anos. Ponto alto foi o medley de sucessos brasileiros aos ares paraenses em que a cantora revisitou faixas como "Frevo Mulher" e "Banzeiro" com texturas eletrônicas de peso e velocidade.
Suas interpretações de tecnobrega também ganharam destaque. A faixa "O que Pensa que Eu Sou?", da banda Djavú, empolgou o público.
Prática comum entre bandas do norte do país, as versões de sucessos internacionais também tiveram palco. Amrantos emendou "Reacender a Chama", versão de "True Colors", de Cindy Lauper, e "Não Vou te Deixar", versão de "I Don't Want to Get Hurt", da banda Roxette.
Os sucessos da própria Amarantos só surgiram quando o acerto era inquestionável. Foi o caso de "Xirley", faixa que mostrou a artista ao país em 2011, do carimbó maximalista "Cachaça de Jambu" e mesmo de "Galera da Laje" —canção da Gang do Eletro que fez sucesso com Amarantos.
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