Lollapalooza tem looks de pele à mostra e prova que toda nudez será celebrada
Moda do festival traz quebra da binariedade com homens de regatas ultracavadas e celebração do corpo
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O Lollapalooza é mais uma prova de que o brasileiro está cada vez mais pelado, num reforço a uma tendência que já ocupa as passarelas há um tempo, e que predominou nas festividades deste Carnaval.
Sob um sol incessante, com os termômetros à beira dos 40 graus, o público que ocupa o Autódromo de Interlagos em São Paulo neste final de semana não tem receio algum de mostrar a pele.
Como na edição passada do festival, a maior aposta do ano são os tecidos vazados, cheios de furinhos, como tule e laise. Também estão em alta peças como croppeds e collants, além daquelas repletas de fendas.
Se no ano passado este era um sinal de que, depois de anos de pandemia, o brasileiro enfim pôde voltar a se reunir em multidões, sem medo de abraçar, beijar e cantar, agora há mais elementos por trás da pele à mostra.
É uma quebra da binariedade da moda.
Se antes peças mais justas ao corpo, ou que expõem muita pele, eram associadas exclusivamente às mulheres, hoje os homens também querem mostrar tudo, com peças que vão dos shortinhos muito acima do joelho outrora associado à homossexualidade a regatas ultracavadas que vão até os mamilos.
É ainda, e talvez mais importante, uma celebração do corpo em toda sua potência, seja magro, seja gordo, seja branco, seja preto, quase que como numa resposta ao tempo em que quem estivesse fora do padrão de beleza vigente não tinha vez em lugar nenhum.
Dentro de um espaço onde o coro que predomina é o das estrelas que versam sobre autoaceitação e contornam as próprias inseguranças em cima dos palcos, não é preciso se esconder. Toda nudez será celebrada.
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