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Descrição de chapéu Lollapalooza

Paralamas do Sucesso rompem barreira geracional no desfecho do Lollapalooza

Em clima descontraído, banda tocou sucessos e avisou que música eram mais velhas que o próprio público em Interlagos

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São Paulo

Herbert Vianna, vocalista e guitarrista dos Paralamas do Sucesso, foi percebendo a plateia que encontrou no Lollapalooza ao longo do show da banda. O trio de rock, que no palco vira sexteto, tocou na tarde deste domingo, último dia da edição deste ano do festival, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.

No começo, apresentou as músicas dizendo que eram "de quando vocês eram crianças". Depois, mudou o discurso –este, mais apropriado– para dizer que eram "de quando vocês nem eram nascidos".

A banda Paralamas do Sucesso se apresenta no palco Chevrolet na décima edição do Lollapalooza - Bruno Santos/ Folhapress

De fato, o público do Lollapalooza está cada vez mais jovem, reflexo das atrações escaladas, mas isso não impediu o Paralamas de fazer um show animado. A plateia bateu palmas e levantou as mãos durante toda a apresentação, respondendo aos comandos do vocalista.

Usando um boné do Flamengo, seu time do coração, para se proteger do sol quente no rosto, Vianna comandou uma festa que exalou a música jamaicana e não poupou clássicos de 30 e tantos anos atrás da música brasileira.

O som dos Paralamas, baseado no rock, resvala no reggae e suas raízes e subgêneros, e é balançado e brasileiro, das parcerias com Gilberto Gil, em "A Novidade", e com Djavan, em "Uma Brasileira", aos sucessos "Lourinha Bombril" e "Alagados". Em "Melô do Marinheiro", pediu que a plateia imaginasse que estava numa praia da Jamaica, imagem adequada dado o calor deste fim de semana em São Paulo.

Vianna apresentou "Caleidoscópio" como uma canção inspirada pelo blues americano. Em "Selvagem", faixa de teor político, lembrou "Polícia", clássico anarquista dos Titãs.

Mesmo criadas majoritariamente entre os anos 1980 e 1990, as músicas da banda ressoaram no autódromo neste domingo, de tão incrustadas no cancioneiro nacional que estão. A plateia no palco Chevrolet, o segundo maior do megafestival, era numerosa e viu o grupo de pé.

Houve espaço no repertório para "O Beco", "Lanterna dos Afogados", "Vital e Sua Moto", citações a Tim Maia e Raul Seixas, e o hit "Meu Erro" –esta, a derradeira. Com sua abordagem do rock até hoje original, os Paralamas quebraram barreiras geracionais para fazer um show balançado e com a cara do Brasil, coisa rara na franquia paulistana do evento americano.

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