Exportação de milho sofre com a seca e a paralisação dos caminhoneiros
Consultoria prevê que a segunda safra de milho do país será de 55,2 milhões de toneladas
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Produtores brasileiros devem colher menos milho na segunda safra deste ano, já que o atraso no plantio e a prolongada seca reduziram a produção do segundo maior exportador mundial do grão, disse a Agroconsult nesta segunda-feira (25).
Após a expedição técnica Rally da Safra, que percorre os grandes estados produtores, a consultoria previu que a segunda safra de milho do país, que está sendo colhida, totalizará 55,2 milhões de toneladas, abaixo dos 57 milhões considerados em maio e inferior também ao recorde de 67,3 milhões oficialmente estimado na temporada anterior.
A Agroconsult manteve a previsão para a exportação de milho a 28 milhões de toneladas neste ano, apesar das incertezas relacionadas ao custo do frete rodoviário, depois que o governo decidiu intervir numa resposta aos protestos de caminhoneiros contra os altos preços de combustíveis.
No entanto, algumas tradings de grãos pararam de comprar soja e milho brasileiro, por que temem que o aumento do custo logístico congele o mercado dos dois maiores produtos agrícolas do país.
"Não há movimento no mercado", disse André Debastiani, sócio da Agroconsult.
A situação está preocupando alguns agricultores, já que eles estão colhendo o milho agora e não têm muito espaço nos silos, disse Debastiani.
"Outro fator contribuindo para a queda na produção e nos rendimentos foram os menores investimentos nos campos", Atrasos na colheita de soja também estreitaram a janela ideal para a plantação do segundo milho, informou a Conab, que também destacou o impacto negativo da seca sobre a safra.
A safrinha, que é plantada depois da soja em muitas áreas, representa cerca de 70% da produção do país
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