Petrobras volta a vender gasolina abaixo de R$ 2, mas queda ainda não chega à bomba
Queda na refinaria acompanha redução do dólar e das cotações internacional do combustível
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Após dois meses, a Petrobras voltará nesta quarta (24) a vender gasolina em suas refinarias por menos de R$ 2. Será o oitavo corte seguido no preço do combustível, que passará a R$ 1,9855 por litro.
A sequência de cortes responde ao recuo nas cotações da gasolina no mercado internacional e do dólar no Brasil. Em um mês, a queda acumulada é de 11,8%.
O consumidor, porém, ainda não está sendo beneficiado: segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), o preço médio da gasolina nos postos brasileiros subiu 1,5% no mesmo período.
O atual ciclo de queda no preço foi iniciado no dia 25 de setembro, depois que a gasolina atingiu R$ 2,2514 por litro, o maior valor desde que a Petrobras passou a divulgar preços diários, em julho de 2017.
Desde então, foram oito reduções no preço do combustível, acompanhando a valorização do real –entre 25 de setembro e esta segunda (22), o dólar ficou R$ 0,40 mais barato– e as cotações internacionais.
A política de preços da Petrobras é baseada em uma fórmula que considera o preço internacional dos combustíveis, o câmbio e custos para importar os produtos.
A estatal passou a ser questionada após escalada de preços no início do ano, que culminou com a greve dos caminhoneiros que paralisou o país por duas semanas.
Para encerrar a greve, o governo decidiu subsidiar o preço do óleo diesel, com desconto de R$ 0,30 por litro no preço de venda das refinarias e corte de R$ 0,16 por litro nos impostos federais.
A gasolina, porém continuou acompanhando as cotações internacionais. No dia 6 de setembro, após o início de um ciclo de alta, a Petrobras autorizou sua área comercial a segurar reajustes por até 15 dias.
MARGENS
Os dados da ANP mostram que a onda recente de cortes nos preços ainda não chegou às bombas. Na semana passada, o litro da gasolina era vendido nos postos brasileiros, em média, a R$ 4,725.
É praticamente o mesmo do que os R$ 4,722 da semana anterior e 1,5% superior ao verificado na semana encerrada no dia 22 de setembro, antes do início dos cortes promovidos pela Petrobras. No ano, a alta acumulada é de 11%, já descontada a inflação.
De acordo com a pesquisa da ANP, não houve repasses nem por parte das distribuidoras - cujo preço subiu de R$ 2,229 para R$ 4,28 por litro no período - nem dos postos - a margem de lucro de revendedores cresceu R$ 0,022 por litro.
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