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Futuro governador de Minas confirma que vai aderir ao programa de refinanciamento de dívida

Romeu Zema diz que Cemig pode ser vendida já se investidor aceitar pagar o preço

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São Paulo

O futuro governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) disse nesta quinta-feira (22) que está em conversas com o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, para aderir ao programa de renegociação da dívida do estado com o governo federal.

Zema disse que tem contado com assessoria do economista Gustavo franco nessa questão, em trabalho conjunto com o futuro secretário da Fazenda do estado, Gustavo Barbosa.

“Gustavo Franco já esteve com técnicos do ministério da Fazenda para estar adiantando a adesão ao plano de recuperação fiscal”, disse Zema, ao ressaltar que a maior parte dos estados caminha para a insolvência nos próximos anos.

O governador eleito de Minas Gerais, Romeu Zema - Pedro Ladeira/Folhapress

Zema não descartou privatizar as duas empresas do estado, Cemig e Copasa. Segundo ele, há dois caminhos: sanear as empresas ou vendê-las. Ao falar de Cemig, foi mais assertivo, ao dizer que se o mercado pagar o preço esperado pela empresa saneada, venderia a empresa já.

“Por que esperar para vender lá na frente no mesmo preço que venderia agora?”, disse ele.

Ele lembrou, no entanto, que deve enfrentar obstáculos porque Constituição Federal de Minas só permite privatização mediante referendo popular. Vamos ter que mudar a constituição para fazer privatização.” 

O futuro governador mineiro prometeu fazer um “corte de despesas como nunca se fez em Minas”, a começar por ele mesmo.

“Sei que está longe de corrigir os problemas financeiros do estado, mas tem simbolismo e um efeito didático”, afirmou.  

Em evento do banco BTG Pactual, Zema prometeu ainda rever contratos e otimizar o uso dos imóveis dos estados. Ele espera economizar com “melhorias no Executivo” cerca de R$ 1 bilhão – o que ainda está longe de corrigir o déficit de cerca de R$ 12 bilhões previsto para o estado no ano que vem.

DÉFICIT DE ARTICULAÇÃO POLÍTICA

No mesmo evento, Paulo Hartung, atual governado do Espírito Santo, disse que o déficit da articulação política não pode ser subestimado.

"Podemos melhorar a qualidade da articulação, mas não podemos imaginar que vamos transformar boas ideias em práticas sem articulação política", disse ele.

Segundo ele, poucas vezes se viu um governo com capital político como esse que vai tomar posse. "A equipe que está chegando lá conhece pouco a cultura de Brasília. Temos restrições [a essa cultura] que não podem virar preconceito", disse.

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