Siga a folha

Boeing abre primeira fábrica de 737 na China em meio a guerra comercial

Estados Unidos e China estão em período de trégua de disputa tarifária

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Zhoushan (China) | Reuters

A Boeing abriu sua primeira fábrica de jatos 737 na China neste sábado, um investimento estratégico destinado a alcançar a liderança de vendas sobre a rival Airbus num dos principais mercados de viagens do mundo. O investimento foi, porém, ofuscado pela guerra comercial EUA-China.    

A maior fabricante de aviões do mundo também entregou o primeiro dos 737 Max vendido no complexo em Zhoushan, cerca de 290 quilômetros a sudeste de Xangai, para a aérea local Air China.

Os executivos, juntamente com representantes do órgão regulador de aviação da China, mostraram o avião em um evento com participação de centenas de pessoas.

Boeing e Airbus estão expandindo presença na China, enquanto disputam pedidos no crescente mercado de aviação, que deve superar os Estados Unidos como maior do mundo na próxima década.

Entrega de aeronave da Boeing 737 Max para a companhia aérea Air China - Xu Yu/Xinhua

A Boeing investiu US$ 33 milhões no ano passado para obter uma participação majoritária em uma joint venture com a estatal Comac (Commercial Aircraft Corp of China) para construir o centro de conclusão de montagem.

A Boeing se considera a maior exportadora dos EUA e entregou mais de um em cada quatro aviões que fez no ano passado para clientes na China, onde prevê uma demanda de 7,7 mil novos aviões nos próximos 20 anos avaliados em US$ 1,2 trilhão.

Mas a cerimônia inaugural da fábrica foi ofuscada pelas tensões entre Estados Unidos e China, no meio de uma contundente guerra tarifária. As duas maiores economias do mundo estão em um período de 90 dias para negociar um acordo comercial.

"Estou nervoso com a situação? Sim, é claro. É um ambiente desafiador", disse John Bruns, presidente da Boeing China, a repórteres em teleconferência.    

Embora os atritos comerciais tenham prejudicado empresas como os produtores de soja dos EUA e os fabricantes chineses, seu impacto na Boeing ainda não está claro. Aeronaves fabricadas nos EUA até agora escaparam das tarifas de Pequim.

A Boeing pretende atingir a meta de entrega de 100 aviões por ano em Zhoushan, embora Bruns tenha refletido sobre a rapidez com que alcançará esse nível e disse que a Boeing não tem plano de expandir o trabalho para outros tipos de aeronaves.

A Boeing também espera que a usina alivie a pressão nas instalações de Seattle, onde planeja aumentar a produção em 2019 do avião 737, o mais vendido, mas com problemas de produção.

 

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas