Brasil inicia petição na OMC contra subsídios à Bombardier, concorrente da Embraer

Documento fornece argumento legal e factual sobre motivos para 19 subsídios concedidos à companhia canadense

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São Paulo | Reuters

O Brasil fez nesta sexta-feira (14) a primeira petição em um painel de disputa comercial aberto na OMC (Organização Mundial de Comércio) que vai avaliar subsídios entregues à fabricante canadense de aviões e trens Bombardier pelos governos do Canadá e da província de Quebec.

Em comunicado, a Embraer, rival da Bombardier, afirmou que o painel vai examinar mais de US$ 4 bilhões (R$ 15,6 bilhões) em subsídios recebidos pela Bombardier dos governos do Canadá e de Quebec. "Somente em 2016, estes governos aportaram US$ 2,5 bilhões (R$ 9,77 bilhões) à fabricante canadense", afirmou a companhia brasileira.

A petição fornece argumento legal e factual sobre os motivos para os 19 subsídios concedidos à Bombardier e ao programa da aeronave C-Series, afirmou a Embraer, que afirma que os apoios dos governos canadenses são "inconsistentes com os compromissos assumidos pelo Canadá na OMC".

"O entendimento do governo brasileiro, compartilhado pela Embraer, é de que os subsídios do governo canadense à Bombardier ferem essas obrigações", afirmou a fabricante brasileira.

O caso foi aberto pelo Brasil em fevereiro do ano passado e o painel foi iniciado em setembro do ano passado depois que consultas não conseguiram resolver a disputa.

Avião da Bombardier na província de Quebec
Brasil abre petição na OMC contra subsídios do governo de Quebec e do Canadá à Bombardier - Clement Sabourin/AFP
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