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Philip Morris convoca não fumantes para ajudarem amigos a pararem de fumar

Indústria do tabaco lida com tendências de queda e estabilidade no número de fumantes

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São Paulo

A Philip Morris, fabricante de marcas de cigarro como Marlboro e L&M, lançou nesta quarta-feira (2) uma campanha no Reino Unido propondo que não fumantes ajudem conhecidos que fumam a desistirem do cigarro.

A iniciativa, veiculada em jornais e sites, faz parte do movimento “Hold My Light”, lançado em outubro pela empresa para estimular as pessoas a ficarem 30 dias sem fumar.

Segundo a Philip Morris, quem para por um mês tem cinco vezes mais chance de interromper o hábito definitivamente.

A ideia da campanha é que os fumantes se mantenham motivados a largar o vício em troca de compromissos assumidos por seus amigos, como fazer o jantar, cuidar do animal de estimação ou ajudar a redecorar um cômodo.

A Philip Morris afirma que deixar de fumar completamente usando a força de vontade ou produtos que simulam a sensação oferecida pelo cigarro, como adesivos e pastilhas, "é sempre a melhor decisão que um fumante pode tomar", mas diz que, para quem não consegue, há alternativas.

Entre as opções destacas no site da campanha "Hold My Light" estão os cigarros eletrônicos, categoria que pode ganhar espaço conforme a indústria do tabaco se conscientiza de que a tendência global é de queda ou, ao menos, estabilidade no número de fumantes.

Campanha da Philip Morris com resolução de Ano-Novo para fumantes largarem o cigarro - Divulgação

No início de 2018, a Philip Morris publicou um anúncio —nos mesmo moldes de "resolução de Ano-Novo" que veicula agora— dizendo que pretendia substituir, no Reino Unido, os produtos tradicionais por cigarros eletrônicos e tabaco aquecido.

Em países da Europa, no Canadá, no Japão e na Coreia, formas alternativas de fumar também ganham espaço. 

No Brasil, elas permanecem proibidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Os dispositivos mais comuns dessa nova onda dos cigarros são os vaporizadores, como o Juul. Em vez de queimar tabaco, um líquido ("juice") vira vapor. O líquido fica à escolha do fumante e pode ou não conter nicotina.

Parecido com um pendrive e recarregável via USB, o Juul, lançado há pouco mais de três anos, caiu nas graças dos adolescentes nos Estados Unidos e virou uma dor de cabeça para a FDA (agência reguladora dos EUA).

O órgão advertiu que o uso de cigarros eletrônicos por adolescentes atingira proporções epidêmicas e começou a pressionar a indústria.

Em seu site, a Philip Morris afirma que cigarros eletrônicos não oferecem risco zero. "Eles possuem nicotina e são viciantes. São para adultos que fumam —não para ex-fumantes ou para pessoas que nunca fumaram."

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