Siga a folha

Com consumo fraco, importações devem crescer apenas em 2020, diz Maersk

Para maior empresa de transporte de contêineres do mundo, aprovação de reformas não significa que economia cresça imediatamente

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Uma retomada da economia brasileira em 2019 impactará o crescimento das importações do país só no ano que vem, informou nesta quarta (27) a dinamarquesa Maersk, maior empresa de transporte de contêineres do mundo.

"Olhando para 2019, estamos muito cautelosos. Prevemos que no ano todo devemos ter 0% de crescimento em relação ao ano passado", disse Gustavo Paschoa, diretor comercial da Maersk.

De acordo com Paschoa, mesmo que o governo Bolsonaro aprove as reformas que já anunciou, não significa que o impacto delas trará resultados imediatos. 

"Não é só a Previdência. Tem a reforma tributária e algumas outras reformas que vão trazer clareza para o mercado. Na verdade, nossa cautela está em [saber] o quão rápido a economia vai conseguir fazer a alavancagem em cima dessa clareza."

Um otimismo maior com a economia do país depende da velocidade com que as reformas são aprovadas, afirma Denis Freitas, diretor geral da Safmarine, empresa do grupo Maersk.

"Quanto mais rápido as reformas forem aprovadas, mais rápido vemos o efeito na economia. Por isso somos mais cautelosos em 2019, por entender que vão haver alguns desafios para ter essas aprovações." 

A companhia divulgou nesta quarta seu relatório comercial trimestral sobre consumo, varejo e expectativas para exportação e importação. 

Segundo o documento, a expectativa é que o consumo comece a melhorar somente no segundo trimestre deste ano.

Para este primeiro semestre, a projeção é que as compras do exterior tenham um recuo na comparação com o ano passado. "Vão ser mais baixas porque temos a linha de base [de comparação] muito alta por causa da Copa do Mundo de 2018", afirmou Paschoa.

A segunda metade do ano deve superar o mesmo período do ano anterior, mas o saldo das importações de 2019 deve permanecer sem crescimento.

Em relação às exportações, a expectativa é que as compras de produtos brasileiros cresçam em torno de 2% neste ano.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas