Siga a folha

Descrição de chapéu Previdência

Capitalização precisará de nova lei após reforma da Previdência

Modelo trabalhista com direitos flexíveis depende de aprovação de uma lei complementar

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Brasília

 A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) abre caminho para um novo sistema de aposentadorias e a criação da chamada carteira verde e amarela, modelo trabalhista com direitos flexíveis.

Se o Congresso aprovar o texto do governo, será dada a autorização para que um projeto de lei complementar defina o funcionamento do novo modelo previdenciário, a capitalização, no qual cada trabalhador faz a própria poupança para a aposentadoria. A capitalização, portanto, não será implementada de imediato.

No entanto, a PEC já dá diretrizes sobre o novo sistema, cuja adesão será opcional. Além disso, a proposta envolve a criação de um fundo solidário, que pode ter recursos do Tesouro e que servirá para garantir que todos os que entrarem nesse regime recebam, pelo menos, o salário mínimo.

A capitalização desenhada pela equipe econômica é um regime de contribuição definida, no qual o valor da aposentadoria depende da poupança do trabalhador. A gestão dos recursos poderá ser por entidades de previdência públicas e privadas, habilitadas por órgão regulador.

O atual modelo de Previdência é o de repartição, no qual os trabalhadores na ativa bancam as aposentadorias de quem já está na inativa.

"Nosso sentimento é que o regime de repartição, em algum momento, vai dar errado. Em 20 [anos] ou 25 anos, haverá necessidade de uma nova reforma", disse o secretário especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho.

O modelo de capitalização poderá ter contribuições dos trabalhadores e das empresas. Mas isso será previsto em lei a ser aprovada após a PEC.

"Na maioria dos países com capitalização, há uma contribuição patronal e uma do trabalhador. Nem sempre paritárias [ou seja, na mesma proporção]", disse o secretário de Previdência, Leonardo Rolim.

Após a aprovação da legislação específica, o sistema poderá ser acessado por todos os novos ingressantes no mercado, independentemente da idade. Segundo Rolim, o trabalhador poderá escolher entre o sistema atual de aposentadoria e o novo modelo. Os que optarem pela adesão à capitalização não poderão voltar atrás.

O ministro Paulo Guedes (Economia) também afirmou que a atual Previdência já sofre com a ameaça de insolvência mesmo antes do envelhecimento da mão de obra do país.

"Se é uma reforma que está reduzindo desigualdades, se ela está removendo privilégios, ela está tirando o espaço para fraudes, ela vai democratizar a poupança, ela vai acelerar o crescimento, ela vai reduzir os encargos trabalhistas lá na frente porque é um regime de capitalização, vai aumentar a produtividade do trabalho porque ela acumula o capital, acelera o crescimento, se é isso, vocês têm estudar isso e não ficar só criticando", declarou.

A implementação efetiva da carteira verde e amarela vai depender de aprovação de lei complementar no Congresso.

Marinho disse que o governo estuda atrelar a opção pela carteira verde e amarela à entrada no sistema de capitalização. Essa proposta foi antecipada pela Folha

O secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, fala à imprensa sobre a reforma da Previdência - Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas