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Construção de moradias nos EUA cai ao menor nível em quase 2 anos

Setores como manufatura, varejo e transporte também vêm sentindo desaquecimento

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Washington | Reuters

O índice de construção de moradias dos Estados Unidos caiu para o menor nível em quase dois anos em março, pressionado pela persistente fraqueza no segmento residencial de família única, sugerindo que o mercado imobiliário norte-americano continua em dificuldades, apesar do declínio das taxas de financiamento.

A construção de novos imóveis recuou 0,3% no mês passado, para uma taxa anual sazonalmente ajustada de 1,139 milhão de unidades, menor nível desde maio de 2017, informou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos.

Construção de imóveis nos EUA recuou 0,3% em março; economistas apontam fraqueza no setor como reflexo dos preços elevados de materiais de construção e da da escassez de terrenos e mão de obra - Reuters

Os dados de fevereiro também foram revisados para baixo para mostrar a construção de moradias em um ritmo de 1,142 milhão de unidades, ante leitura inicial de 1,162 milhão de unidades.

Já a concessão de novos alvarás caiu 1,7% em março, para uma taxa de 1,269 milhão de unidades, a menor em cinco meses.

Economistas consultados pela Reuters previam que a construção de moradias subisse para um ritmo de 1,23 milhão de unidades em março.

A prolongada fraqueza na atividade do setor de construção residencial provavelmente reflete a escassez de terrenos e mão de obra, bem como os preços elevados de materiais de construção.

Freio na economia

Motoristas, operadores regionais de transporte e autoridades do setor logístico dos Estados Unidos também reclamam do desaquecimento do transporte rodoviário no país, causado pela guerra comercial contra a China e a fraqueza no setor agrícola.

O modal rodoviário responde por 70% da carga transportada nos EUA e é fundamental para os setores de manufatura, construção e varejo, todos os quais mostraram lentidão no primeiro trimestre.

A estimativa de economistas é de que o setor — que movimenta US$ 700 bilhões, o equivalente a R$ 2,7 trilhões — encolheu no final de 2018 e que a queda continua neste ano. 

Caminhões parados em um posto de combustível no estado de Connecticut, nos EUA; motoristas reclamam da queda na demanda - Reuters

Embora o declínio no valor de frete e no transporte não sugira por si só que os Estados Unidos estejam entrando em recessão, esses recuos são condizentes com a derrapagem da economia norte-americana como um todo.

Os efeitos da desaceleração têm sido irregulares em todo o país, com encomendas menores e menos quilômetros percorridos no Centro-Oeste e Sudeste dos EUA do que na costa oeste, disseram economistas e autoridades regionais.

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