Moody's espera reforma da Previdência neste ano, mas com economia de até R$ 800 bi
Agência considera posição de Bolsonaro sobre privatizações confusa
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A agência de classificação de risco Moody’s espera que a reforma da Previdência seja aprovada ainda em 2019, mas a economia gerada com as novas regras para aposentadoria deve ficar entre R$ 600 e R$ 800 bilhões.
O projeto apresentado pelo governo Jair Bolsonaro (PSL) prevê corte de R$ 1,1 trilhão em dez anos.
Para a agência, a aprovação traz desafios porque o governo não tem maioria no Congresso, que é diluído em muitos partidos.
“Na nossa avaliação, o governo terá que negociar com os parlamentares para conseguir um número suficiente de votos entre os indecisos. Isso provavelmente terá o custo de diluição de elementos da proposta ou de concessões em outras áreas”, escreveu a Moody’s.
Apesar de ter cedido ao se reunir com líderes dos principais partidos, Bolsonaro ainda tem relação estremecida com o Congresso.
Segundo a Moody’s, a reforma permitirá que o governo cumpra o teto de gastos neste ano, mas em 2020 e nos anos seguintes, a regra que impõe limite de aumento de despesas dependerá de novos ajustes.
A empresa também afirmou que espera que a reforma fiscal avance após a aprovação da Previdência, destacando que isso favoreceria o ambiente de negócios no país.
Para a Moody’s, as privatizações prometidas pelo governo também estão sob risco político porque dependem de aprovação do Congresso.
“Até agora, a posição do presidente Bolsonaro sobre privatizações é confusa”, diz a Moody’s. Ele cita a necessidade de mais concessões enquanto também defende a revisão da necessidade de outras privatizações, como a Eletrobras, vista como de interesse nacional e que, portanto, não deveria ser vendida.
Ainda de acordo com a Moody’s, a redução da participação dos bancos públicos no mercado de crédito deve impulsionar o mercado de capitais brasileiro.
Além disso, o fim dos subsídios de taxas de juros em empréstimos como os do BNDES deve melhorar o resultado da política monetária definida pelo Banco Central.
Pela agência, a nota de risco do Brasil é Ba2, dois degraus abaixo do grau de investimento.
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