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Sem crédito extra, Congresso trava Bolsa Família e Previdência, diz Guedes

Equipe econômica quer aprovação de crédito suplementar de R$ 248 bilhões

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Brasília

Ao não aprovar o crédito extra, o Congresso trava os recursos necessários para programas como o Bolsa Família e dinheiro para pagamento de aposentadorias, afirmou, nesta terça-feira (14), o ministro Paulo Guedes (Economia) na comissão mista do Orçamento na Câmara dos Deputados.

Para fazer frente a esses gastos, a equipe econômica quer que o Congresso aprove um crédito suplementar de R$ 248 bilhões com recursos que viriam da emissão de títulos do Tesouro Nacional.

É a primeira vez que o Poder Executivo precisará desse tipo de aval do Congresso Nacional para realizar despesas como as transferências assistenciais aos mais pobres.

Ministro Paulo Guedes (Economia) participa, nesta terça (14), de Comissão Mista do Orçamento, na Câmara dos Deputados - Adriano Machado/Reuters

Ao comentar a possibilidade de não aprovação da proposta de lei que trata desse crédito, Guedes afirmou que os subsídios param em junho. O Bolsa Família teria fôlego até setembro, enquanto os benefícios beneficiários acabariam em agosto.

“Não é o governo. O Congresso, ao não aprovar, travou. Porque se vocês não derem crédito, a despesa não pode ser feita. Então o Congresso resolveu travar o Bolsa Família, travar o Plano Safra, travar os benefícios de prestação continuada, travar os pagamentos do INSS”, afirmou. “A máquina trava.”

Guedes, porém, afirmou não apostar nessa hipótese e disse acreditar que os recursos suplementares serão aprovados pelos parlamentares. “Já fez antes, vai fazer de novo.”

A chamada "regra de ouro" impede o governo federal de se endividar para pagar despesas correntes, como salários, Previdência Social e benefícios assistenciais.

Para aprovar o projeto, o governo federal terá de obter 257 votos na Câmara dos Deputados e 41 votos no Senado depois que o projeto sair da CMO (Comissão Mista de Orçamento), onde está parado.

O governo, porém, deve sofrer uma derrota. Relator da proposta na comissão, o deputado Hildo Rocha (MDB-MA) informou à Folha que deve excluir a autorização para que Guedes use títulos públicos para pagar subsídios.

Vincular despesas como BPC, Previdência, Bolsa Família e subsídios à autorização pedida ao Congresso foi uma decisão do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), durante a elaboração do Orçamento de 2019.

A antiga gestão acreditava que quem fosse eleito não teria dificuldade em receber o sinal verde dos parlamentares para conseguir recursos destinados a essas áreas sociais.

O dinheiro teria então de ser usado para esses setores, cumprindo o previsto no Orçamento e no projeto que está no Congresso.

Durante audiência na Comissão, Guedes também foi questionado sobre a possibilidade de aumento de tributos para estimular a atividade econômica e para reduzir o rombo nas contas públicas.

O ministro, no entanto, disse que, se elevar os impostos, irá afastar o restante dos investimentos que estão no Brasil.

Guedes voltou a declarar que a reforma da Previdência é necessária para ajustar as contas públicas para que investimentos voltem a subir.

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