Governo Bolsonaro

Presidente dos Correios anuncia saída da estatal

Bolsonaro disse na sexta-feira (14) que demitira o executivo por 'comportamento de sindicalista'

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São Paulo

O presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha, anunciou em suas redes sociais nesta quarta-feira (19) sua saída da estatal.

"Hoje me afasto dos Correios. Foram 7 meses de alegria, obtivemos excelentes resultados, conduzimos a recuperação da empresa e fizemos grandes amigos. Saldo muito positivo e a certeza que vocês continuarão no cumprimento da missão", disse Cunha em publicação no Twitter.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) afirmou na sexta-feira (14) que demitiria o presidente dos Correios por ele ter se comportado como "sindicalista".

O economista Joaquim Levy pediu demissão da presidência do BNDES em 16 de junho. O presidente Jair Bolsonaro ameaçou dimiti-lo após a indicação de Marcos Barbosa Pinto, assessor do BNDES no governo PT, para a diretoria de Mercado de Capitais do banco. Foi a primeira baixa na equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes. Reuters/Pilar Olivares

Em 14 de junho, Bolsonaro demitiu o então presidente dos Correios, general Juarez Aparecido de Paula Cunha. O presidente afirmou que ele se comportou como "sindicalista" durante audiência pública na Câmara.. Romério Cunha/VPR/

Gustavo Bebianno, ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência, foi o primeiro membro do alto escalão demitido por Bolsonaro em 18 de fevereiro, 49 dias depois da posse do presidente. Presidente do PSL na eleição de 2018, Bebianno se tornou o centro de uma crise instalada no Palácio do Planalto depois que a Folha revelou a existência de um esquema de candidaturas laranjas no partido para desviar verba pública eleitoral.. Evaristo Sá/AFP/

O ex-ministro da Educação Ricardo Vélez Rodríguez, professor de filosofia, identificado com o conservadorismo, antipetismo e a luta contra o chamado marxismo cultural, foi demitido em 8 de abril. Indicado pelo ideólogo Olavo de Carvalho, Vélez acumulou crises sucessivas à frente do Ministério e foi substituído por Abraham Weintraub.. Eduardo Anizelli/Folhapress/

A demissão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz foi anunciada em 16 de junho. No período em que comandou a Secretaria de Governo da Presidência da República, Santos Cruz se envolveu em seguidas crises com os filhos do presidente, além de um embate com o escritor Olavo de Carvalho, guru de Bolsonaro. A comunicação de governo era um dos principais pontos de disputa. . Adriano Machado/Reuters/

Sete dias depois de nomeado presidente da Apex (Agência de Promoção de Exportações do Brasil), Alecxandro Carreiro foi demitido em 9 de janeiro. No dia seguinte ao anúncio, Carreiro desafiou a decisão e cumpriu expediente normal na agência.. Apex/Divulgação/

O embaixador Mario Vilalva foi demitido da presidência da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, em 9 de abril, um dia depois de a Folha revelar que Araújo realizou uma manobra para retirar os poderes da presidência da Apex.. Romério Cunha/VPR/Romério Cunha/VPR

Presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) entre 2016 e o início do governo Bolsonaro, Maria Inês Fini foi demitida em 14 de janeiro e substituída por Marcus Vinicius Rodrigues. Fini é educadora e pesquisadora e participou da criação do Enem. . Walterson Rosa/Folhapress/Walterson Rosa

Marcus Vinícius Rodrigues foi exonerado do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 26 de março, depois de a avaliação federal de alfabetização ter sido suspensa. Rodrigues presidiu o Inep enquanto o Ministério da Educação foi comandado por Ricardo Vélez.. Marcelo Camargo/Agência Brasil/

Elmer Vicenzi foi o terceiro a passar pela presidência do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) em 2019 e foi demitido em 16 de maio. Ele teve divergências com a Procuradoria do órgão ao defender o acesso a dados pessoais dos estudantes da educação básica e superior. . Pedro Ladeira/Folhapress/

Em 11 de junho, o general do Exército da reserva Franklimberg Ribeiro de Freitas anunciou sua saída da presidência da Funai (Fundação Nacional do Índio). Ele apontou a influência negativa do ruralista e secretário especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura, Nabhan Garcia, que, segundo Freitas, "saliva ódio aos indígenas".. Alberto Cesar Araujo/Aleam/

Ao final de um café da manhã com jornalistas, Bolsonaro comentou que exoneraria Juarez por seus gestos durante audiência pública na Câmara.

Desagradou o presidente o fato de o general ter tirado foto com parlamentares de esquerda e de ter dito que não haverá privatização dos Correios, como é planejado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Nesta terça-feira (18), Bolsonaro afirmou que avaliava novos nomes para substituir o general à frente da estatal e que uma das medidas a serem tocadas pelo escolhido será a privatização da empresa.

“Está nascendo a criança aí”, afirmou Bolsonaro após solenidade de hasteamento da bandeira nacional, na manhã de terça-feira. “Tem alguns nomes aparecendo. Logicamente, o presidente que vai assumir vai cumprir seu papel naturalmente, e o governo deu sinal verde para buscar privatização”, disse o presidente, ressaltando que a decisão de vender a estatal precisa passar pelo Congresso.

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