Bolsonaro diz que PPI deve ser transferido para Casa Civil

Presidente deve aproveitar demissão de Santos Cruz para alterar funções dos outros ministérios

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Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse que entre as mudanças na estrutura do governo deve ser feita a transferência do PPI (Programa de Parceria e Investimentos) da Secretaria de Governo para a Casa Civil.

"O PPI está sendo discutido aqui e deve ir para o Onyx. Não vamos ter problemas com essa nova configuração. Todos se conscientizaram que todo mundo trabalha para um objetivo comum que é o bem-estar da população", disse.

A declaração, feita na tarde desta terça-feira (18) no Palácio do Planalto, ocorre na esteira da demissão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo. Bolsonaro deve aproveitar a substituição dele pelo general Luiz Eduardo Ramos para alterar funções dos outros ministérios que ficam no Palácio do Planalto.

O presidente negou, contudo, que a Secom (Secretaria de Comunicação Social) possa deixar de ser subordinada à Segov. 

"Vai ficar lá mesmo. [Haverá] pouquíssima mudança no tocante a isso aí", disse. 

Ramos, escolhido na semana passada, ainda não tomou posse como ministro embora tenha participado de reunião no Planalto nesta terça. 

"Ele está na ativa [do Exército], vai continuar na ativa. Tem uma certa burocracia [para afastamento], já começa a se inteirar a partir de hoje. Começa a colocar gente que vai trabalhar efetivamente com ele. Acredito que poucas pessoas vão ser mexidas na Segov", afirmou.

Bolsonaro comparou o novo ministro a seu antecessor, dizendo que ele vai ter bom relacionamento com a classe política. Entre as atribuições da Secretaria de Governo está a articulação com governadores e prefeitos.

"Uma pessoa que tem vivência, diferentemente do anterior, foi assessor parlamentar por dois anos. Conhecido por muitos de vocês da imprensa, então isso a parte politica vai ajudar bastante a chegada do general Ramos aqui."

Questionado sobre a possibilidade de outras trocas ministeriais disse que não há previsão, mas não descartou a possibilidade de que isso ocorra.

 

"Se tiver troca a gente faz. Por enquanto não está prevista nova troca, mas a gente está sempre monitorando se tiver que fazer a mudança a gente faz sem trauma, sem problema nenhum", disse.

O presidente não descartou a possibilidade de que o atual Secretário da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, seja ministro de seu governo no futuro, mas disse que agora isso não está previsto. 

Ao dizer que Marinho é "um sonho" afirmou que ele terá um papel de destaque depois da aprovação da reforma da Previdência, em discussão no Congresso.

O nome do secretário foi oferecido a Bolsonaro pela equipe econômica para reforçar a articulação política do governo meio a dificuldades no diálogo com o Legislativo.

"Não vamos criar o 23o [ministério], não pretendemos criar um novo ministério, mas havendo oportunidade ele sabe que mora no meu coração", disse Bolsonaro.

Questionado sobre se havia espaço para Marinho no Planalto, ele disse que "por enquanto não".

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