Voto ao acordo União Europeia-Mercosul não está garantido, diz deputado francês
Governo francês também exige que Brasil permaneça no Acordo de Paris
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O voto dos eurodeputados franceses a favor do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul não está garantido, indicou nesta segunda-feira (1º) um deputado da formação europeia do presidente francês Emmanuel Macron.
Após 20 anos de negociações, a União Europeia e os países do Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) chegaram a um acordo de livre comércio na sexta-feira (28).
Mas as críticas foram imediatas, especialmente entre os agricultores europeus, que denunciam que esse pacto os exporá à concorrência desleal.
"Até agora eu não vi o acordo, ninguém viu, exceto a Comissão Europeia", disse Pascal Canfin, eurodeputado da plataforma Renaissance [Renascimento] de Emmanuel Macron, falando à rádio RTL.
Portanto, "nada é garantido em termos de ratificação no Parlamento Europeu, e no que diz respeito aos 23 membros da lista do Renascimento, vamos analisar, mas o nosso voto a favor não está garantido", acrescentou.
O deputado destacou o impacto do acordo sobre o sector agrícola e disse que ainda não viu o mecanismo de salvaguarda previsto para "interromper as importações se o acordo desestabilizar os sectores europeus, especialmente os franceses".
Acordo de Paris
A França tem uma série de exigências que incluem questões ambientais e de saúde em relação ao acordo entre a União Europeia e o Mercosul, afirmou no domingo (30) a porta-voz do governo, Sibeth Ndiaye.
Em declarações à emissora LCI, Ndiaye disse que "o importante é saber em detalhes o conteúdo" desse acordo de livre-comércio entre os países dos blocos, sobretudo para setores frágeis, como o açúcar e a carne.
"Temos uma série de exigências, em termos de saúde e meio ambiente", continuou a porta-voz, citando "a exigência de que o Brasil, em particular, permaneça no Acordo de Paris" sobre o clima.
"É normal que os eurodeputados [...] estejam atentos e monitorizem os detalhes deste acordo porque trará mudanças profundas" para a agricultura europeia, acrescentou.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters