Alta no preço da carne no Brasil é inevitável, dizem frigoríficos
Associação cita forte demanda externa e oferta restrita da proteína no país
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O aumento nos preços da carne bovina no Brasil é inevitável, considerando a forte demanda externa e a oferta restrita da proteína no país, disse nesta terça-feira a Abrafrigo (Associação Brasileira de Frigoríficos).
De acordo com nota da entidade, o crescimento das exportações puxou a alta nos preços, com as firmes compras de China e Rússia fazendo com que a parcela dos embarques do produto ultrapassasse os tradicionais 20% da produção local.
"É uma situação de mercado, que fortalece todo o setor da pecuária e sua cadeia produtiva, e que é inevitável diante da procura pelo produto brasileiro", disse o presidente-executivo da Abrafrigo, Péricles Salazar, no comunicado.
O mercado de boi tem refletido a alta demanda para a exportação. Recentemente, os preços em São Paulo atingiram máximas nominais, de R$ 166,50 por arroba, superando recordes de abril de 2016, segundo levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada).
Além de russos e chineses, que vêm realizando a habilitação de mais frigoríficos brasileiros para exportação, novos mercados ganharam espaço no setor de carnes do país, como Turquia e Indonésia.
A Abrafrigo destacou que os movimentos de altas dos preços ganharam força em agosto e atingiram um ponto irreversível em outubro.
"Neste espaço de tempo de três meses os preços da carne bovina evoluíram 25% e não há como deixar de repassar estas elevações ao consumidor, pelo menos enquanto a oferta de bois continuar restrita", afirmou Salazar.
Ele prevê que a restrição da oferta se mantenha por algum tempo, como consequência do aumento das exportações.
No acumulado de janeiro a setembro de 2019, os embarques de carne bovina do Brasil somaram 1,2 milhão de toneladas, alta de 9,2% em relação a igual período do ano anterior, de acordo com dados da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne).
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