Casa de Edemar Cid Ferreira, do falido Banco Santos, é vendida por R$ 9 mi
Imóvel foi avaliado inicialmente por R$ 110 milhões, mas só foi arrematado após quatro leilões
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A casa que pertenceu ao banqueiro Edemar Cid Ferreira, do falido Banco Santos, foi vendida em leilão judicial realizado nesta terça-feira (23), por R$ 9 milhões.
Outros três leilões haviam sido realizados anteriormente numa tentativa de vender o imóvel, mas sem sucesso.
A casa é parte da massa falida do banco —que sofreu intervenção do Banco Central em 2004, após um rombo de R$ 2,2 bilhões— e os valores serão revertidos para o pagamento dos credores.
A avaliação inicial da casa era de R$ 110 milhões, valor que depois foi reduzido para R$ 76,8 milhões. Mas os credores do banco não aceitavam vender por menos de R$ 94 milhões.
Como nos dois primeiros leilões não houve interessados, o grupo de credores aceitou reduzir o valor.
Em maio, no terceiro leilão, o imóvel chegou a ser arrematado por R$ 23,3 milhões. Mas o comprador, que não teve o nome revelado, não depositou o valor dentro do prazo estipulado pelo leiloeiro.
Como agora o arremate foi por um valor muito abaixo do lance mínimo, será preciso a homologação pela Justiça. O juiz Paulo Furtado de Oliveira Filho, da 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, tem um mês para decidir.
Construída entre 2000 e 2004, a casa, na rua Gália, no Morumbi (região oeste de São Paulo), foi projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, que recebeu R$ 1,15 milhão pelo serviço. O decorador norte-americano Peter Marino recebeu outros R$ 8,86 milhões.
O imóvel tem duas galerias de arte, com pé-direito de nove metros, uma biblioteca e um heliponto.
Banheiros de vidro com tecnologia que muda de cor quando estão ocupados, mármores importados da França e elevadores pneumáticos também contribuíram para elevar o preço do imóvel, que custou ao ex-banqueiro mais de R$ 140 milhões.
Além do terreno de 8.000 metros quadrados e um complexo de cinco andares que ocupa uma área de 4.100 metros quadrados, o comprador também vai levar 11 obras de arte, que foram comercializadas junto com a casa.
São peças como uma mesa de mogno de 1.850, uma parede de azulejos do século 18, duas esculturas da cultura maia, que vieram da América Central, uma escultura chinesa e um desenho projetado por Burle Marx.
A intervenção do Banco Central no Banco Santos ocorreu no início de 2004, após um rombo de R$ 2,2 bilhões.
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