Ministro fala em saída de Mansueto Almeida do Tesouro Nacional
Paulo Guedes diz contar com mais um ano de trabalho do secretário
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O Tesouro Nacional deve passar por uma troca no comando, de acordo com o ministro Paulo Guedes (Economia). O atual secretário, Mansueto Almeida, deve acumular o cargo com a liderança do Conselho Fiscal da República e depois “decolar”.
Em entrevista à imprensa em que procurou fazer um balanço sobre o ano, Guedes afirmou que Mansueto será em breve o futuro diretor-executivo do Conselho Fiscal da República (cuja criação está prevista em uma proposta de emenda à Constituição ainda não aprovada pelo Congresso).
“Ele será o primeiro diretor-executivo desse conselho, por isso ele está aqui do meu lado. Ele tem papel chave. Vai começar acumulando e lá na frente ele decola, e aí a gente vê o que faz com o Tesouro”, disse.
Guedes posicionou Mansueto ao seu lado durante a entrevista e elogiou o secretário. “Ele nos emprestou essa experiência e credibilidade. Ele falou que a situação era crítica, foi um homem que acendeu muitos alertas o tempo todo. E por isso que eu confio muito”, disse.
Com a ida do secretário para o posto no conselho, Guedes afirmou contar com mais um ano de trabalho de Mansueto. "Ele está pegando um desafio maior. Acho que conseguimos renovar o contrato dele por mais um ano. Vamos tentar renovar o contrato", disse.
O ministro ainda indicou que Mansueto pode ir para a iniciativa privada. “Evidentemente vai chegar um dia em que ele pode querer ir ao setor privado. Acho que a ideia de ele ficar à frente do nosso Conselho Fiscal da República é motivadora e ele deve ficar com a gente mais um tempo, imagino”, afirmou Guedes.
Neste mês, o secretário afirmou que estava decidido a permanecer no cargo e que é normal haver embates técnicos na pasta.
O secretário, que comanda o Tesouro desde o governo Michel Temer, disse que às vezes se sente cansado, mas ressaltou que não deixará o posto.
“Eu já falei que não me vejo envelhecendo no governo e que Paulo Guedes é o último ministro com quem eu vou trabalhar. Mas, eventualmente, em alguma ocasião, se eu for sair, eu vou avisar com antecedência. Eu vou ficar no governo”, disse no dia 3 de dezembro.
Nesta quarta-feira (18), ao ser questionado sobre o tema, Mansueto evitou comentar.
Guedes negou rumores de outras mudanças em sua equipe. “As outras mudanças são fake news. Nosso time está super unido, todo mundo junto”. O ministro afirmou que o secretário especial de Desestatização, Salim Mattar, fica até o último dia.
“O Marcos Troyjo [de Comércio Exterior], a mesma coisa. O Carlos da Costa [de Emprego e Produtividade] está conosco, fazendo um brilhante trabalho. O [secretário de Desburocratização, Paulo] Uebel a mesma coisa”, disse.
“Nosso time está unido, não sei de onde vem esse negócio que há uma briga e tem gente pensando em sair. Não entendo isso. Acho que está havendo algum equívoco”, disse.
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