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Líbano recebe pedido da Interpol contra Carlos Ghosn

Ex-chefe da Nissan diz que família não participou de fuga

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Beirute | AFP

O Líbano recebeu um pedido de prisão da Interpol contra Carlos Ghosn, o magnata do setor automotivo que fugiu do Japão para Beirute –anunciou o ministro libanês da Justiça, Albert Sarhane, nesta quinta-feira (2).

"O Ministério Público [...] recebeu um alerta vermelho da Interpol sobre o caso Carlos Ghosn", disse Sarhane, citado pela agência de notícias oficial ANI.

Após a fuga, o ex-chefe da Renault-Nissan, processado no Japão por crimes financeiros, chegou ao Líbano na segunda-feira (30), onde seu local de residência permanece desconhecido. Ghosn nasceu no Brasil e tem também nacionalidade libanesa e francesa.

A Interpol não emite mandados de prisão e não pode iniciar investigações, ou processos, mas os países-membros e tribunais internacionais podem solicitar a publicação de "alertas vermelhos".

Esses avisos de busca internacional são baseados em mandados de captura nacionais, cujas informações são transmitidas aos outros membros por meio de um banco de dados seguro.

As autoridades libanesas já anunciaram que Ghosn entrou no país legalmente, com um passaporte francês e uma carteira de identidade libanesa, segundo uma fonte da Presidência.

Já a Segurança Geral assegurou que nada impunha "a adoção de procedimentos contra ele", nem "o expunha a processos judiciais" no Líbano.

O ministério das Relações Exteriores do Líbano também lembrou que não há acordos de cooperação judicial, ou de extradição com o Japão.

Ghosn, que chegou a ser o empresário mais bem pago no Japão, foi preso no final de 2018. Ele é alvo de quatro acusações no país: duas por sonegação fiscal, por não declarar seus reais rendimentos às autoridades da Bolsa, e outras duas por quebra de confiança agravada.

Família não participou de fuga

A família do ex-chefe da Nissan não participou da fuga do Japão, disse Ghosn em comunicado nesta quinta-feira, dias após sua chegada abrupta a Beirute de Tóquio, onde enfrenta julgamento por suposta má conduta financeira.

"Houve especulações na mídia de que minha esposa Carole e outros membros da minha família tiveram um papel importante na minha saída do Japão. Todas essas especulações são imprecisas e falsas", disse o comunicado.

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