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UE vai verificar se acordo EUA-China segue regras globais de comércio

'O diabo está nos detalhes', afirmou o comissário do comércio do bloco

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Londres e Washington | Reuters

A União Europeia verificará se o grande acordo firmado entre Estados Unidos e China está em conformidade com as regras globais de comércio, disse o chefe de comércio do bloco nesta quinta-feira (16).

Na quarta (15), EUA e China assinaram um acordo inicial para por fim à briga comercial que se arrasta há 18 meses e que afetou o crescimento econômico global. Pelo acordo, a China aumentará as compras de bens e serviços dos EUA em US$S 200 bilhões em dois anos, em troca da reversão de algumas tarifas.

"O diabo está nos detalhes", disse o Comissário de Comércio da UE, Phil Hogan, durante uma conferência em Londres, falando por chamada de vídeo de Washington, onde se encontrará com autoridades americanas nesta semana.

Ele acrescentou que, até agora, os detalhes são "um pouco suspeitos".

 

"Eles deixaram a estrutura usual para fazer acordos. Estão negociando diretamente em uma base bilateral e teremos que avaliar se isso é compatível com a OMC."

Hogan disse que "reformas estruturais" na China que a UE e os Estados Unidos queriam não foram abordadas no acordo, e que a União Europeia quer ver o que está em discussão na segunda fase das negociações entre os Estados Unidos e o país asiático.

Ele também disse que os Estados Unidos e a UE precisam urgentemente resolver sua disputa sobre subsídios a aeronaves. Somente Pequim e a indústria aeroespacial chinesa, disse ele, se beneficiarão de uma disputa tarifária transatlântica.

Questionado sobre uma briga entre os EUA e a França sobre um imposto digital que fez Washington ameaçar impor taxas de até 100% sobre produtos franceses, Hogan disse que acha que em algum momento será encontrada uma maneira de implementar uma tarifa global sobre gigantes de tecnologia como Amazon e Google.

Sobre a reforma da Organização Mundial do Comércio, Hogan disse que espera que os Estados Unidos avancem apenas em 2021, após a eleição presidencial de novembro deste ano.

 
Presidente dos EUA, Donald Trump e vice-primeiro ministro da China, Liu He, em cerimônia para a assinatura da "fase 1" do acordo para acabar com a guerra comercial - Kevin Lamarque/Reuters

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