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Petrobras fará contratações emergenciais para manter operações em meio a greve

Paralisação, liderada pela Federação Única dos Petroleiros, tem duração por tempo indeterminado

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São Paulo | Reuters

A Petrobras afirmou nesta sexta-feira (7) que está providenciando a contratação imediata de pessoas e serviços em caráter emergencial para garantir a continuidade de suas operações em meio a uma greve de trabalhadores.

A empresa afirmou que a paralisação, iniciada no sábado passado, não gerou impactos sobre a produção até o momento, mas defendeu que as contratações são necessárias porque sindicatos teriam descumprido decisão do TST (Tribunal Superior do Trabalho), que exigiu manutenção de 90% do efetivo.

"A ordem judicial do TST de garantir contingente mínimo de 90% do efetivo não vem sendo cumprida pelos sindicatos e, em decorrência disso, o tribunal autorizou a contratação emergencial pela Petrobras para suprir temporariamente os serviços essenciais e evitar impactos à operação e à produção", afirmou a empresa.

A FNP (Federação Nacional dos Petroleiros), no entanto, divulgou no sábado (8) orientação para que funcionários aposentados da Petrobras não aceitem a proposta da estatal de contratação temporária, autorizada pelo TST durante esta semana.

Segundo dirigentes, a Petrobras está fazendo ligações a ex-funcionários aposentados para suprir a mão de obra que está em greve.

"A Petrobras quer contratar essa mão de obra que já saiu da empresa para assumir no lugar dos grevistas. Estão querendo transformar nossos aposentados em pelegos. Faço um apelo a todos os aposentados para que o pessoal não atenda a convocação da Petrobras para furar a greve", afirmou Adaedson Costa, coordenador da FNP e diretor do Sindipetro do Litoral Paulista.

Procurada, a Petrobras diz que "pela natureza especializada do serviço, identificará os profissionais que atendem ao perfil requisitado". A estatal afirma ainda que não haverá abertura de vagas.

Os petroleiros ligados à FUP (Federação Única dos Petroleiros) iniciaram greve no sábado em protesto contra demissões previstas com o fechamento da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados, no Paraná. Eles questionam ainda medidas adotadas pela área de recursos humanos da estatal.

Na quinta-feira (6), o ministro do TST Ives Gandra Martins Filho atendeu pedido da Petrobras e determinou o bloqueio de contas de sindicatos, ao alegar descumprimento de decisão judicial durante a paralisação.

A Petrobras acrescentou ainda que as contratações serão realizadas "garantindo que os profissionais atendam a requisitos de qualificação técnica e possuam as certificações necessárias para exercício das atividades".

A companhia não detalhou quantas pessoas e quais serviços serão contratados de maneira emergencial.

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