Um avião Boeing 767 operado pela Delta Airlines teve de fazer um pouso de emergência no aeroporto John F. Kennedy, em Nova York, por causa de um problema no escorregador de emergência, que se desprendeu da aeronave. Os 176 passageiros não se feriram e embarcaram em outro avião no mesmo dia.
Segundo as autoridades, o pouso ocorreu minutos após o avião decolar do mesmo aeroporto na sexta-feira (26).
O voo 520 da Delta saiu de Nova York com destino a Los Angeles quando a tripulação descobriu um problema no escorregador de emergência da saída de emergência da asa direita da aeronave. Os integrantes também ouviram um som incomum perto da asa, disse a companhia aérea.
Os pilotos declararam emergência aos controladores do tráfego aéreo e o voo retornou ao aeroporto Kennedy e pousou em segurança, de acordo com a Delta.
Após o pouso, foi diagnosticado que o escorregador da aeronave havia se desprendido do avião, que foi retirado de operação e passará por inspeção minuciosa, segundo a Delta.
"Os tripulantes da Delta seguiram seu extenso treinamento e procedimentos para retornar a JFK", disse a aérea em comunicado, acrescentando que está cooperando na investigação do caso.
Não ficou claro o que levou o escorregador de emergência a se soltar do avião ou onde a peça caiu. A FAA (Administração Federal de Aviação Civil) disse na sexta-feira que investigará o ocorrido.
O voo, cuja decolagem estava prevista para as 7h15, retornou ao aeroporto às 8h35 depois que sua tripulação relatou "uma vibração", disse a FAA em comunicado. Os 176 passageiros desembarcaram e viajaram para Los Angeles em um avião diferente.
Escorregadores já caíram de aviões em pleno ar anteriormente. Em julho de 2023, esse objeto se soltou de um voo da United Airlines e caiu em uma casa perto do Aeroporto O'Hare, em Chicago (EUA). Quatro anos antes, um escorregador de um avião da Delta caiu em um quintal em Massachusetts (EUA).
Um porta-voz da Boeing encaminhou perguntas para a Delta sobre o avião que perdeu o escorregador na sexta-feira. A aeronave envolvida no incidente foi fabricada em 1990.
A Boeing está sendo alvo de investigação após problemas com aviões do modelo 737 Max. Dois acidentes em 2018 e 2019 mataram quase 350 pessoas e levantaram preocupações de segurança sobre os aviões.
Em janeiro, uma tampa da porta se soltou de um voo da Alaska Airlines, expondo os passageiros a um episódio assustador. Ninguém ficou ferido, mas os pilotos foram forçados a fazer um pouso de emergência, e a FAA suspendeu cerca de 170 aviões Boeing 737 Max 9 como precaução.
Desde então, a Boeing disse que faria mudanças em seus processos de controle de qualidade e os reguladores pressionaram o fabricante a melhorar a segurança.
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