Parte dos funcionários do CTG-F (Centro Tecnológico Gráfico-Folha) que trabalharam ao longo da noite de domingo (9) e da madrugada não conseguiu voltar para casa nesta segunda-feira (10). O complexo gráfico do Grupo Folha fica em Santana do Parnaíba, 35 km a oeste da região central de São Paulo.

O turno dedicado à impressão da Folha e do Agora no CTG-F vai das 20h às 4h30. Alguns dos funcionários que trabalham nesse período têm carros particulares ou recorrem a ônibus de linha para retornar para casa. Outros usam o ônibus fretado, que vai até o terminal Barra Funda.

Nesta segunda, esse veículo fretado levava pouco mais de 20 funcionários. Como sempre, deixou o CTG-F às 4h50, mas parou minutos depois na rodovia Castello Branco, que estava congestionada devido aos pontos de alagamento na marginal Pinheiros.

O ônibus teve de voltar para o CTG-F, e instalações foram adaptadas no local para que os funcionários pudessem dormir.

A sede do jornal, na alameda Barão de Limeira, também foi afetada pelas chuvas. Como essa área do bairro de Campos Elíseos, no centro da cidade, estava sem fornecimento de energia elétrica, o prédio precisou contar com geradores das 7h de segunda às 3h30 de terça (11).

A entrega da edição impressa da Folha nesta segunda (10) foi comprometida. A chuva intensa na madrugada em São Paulo provocou alagamentos, desmoronamentos e quedas de árvores em vários bairros da capital paulista e da Grande São Paulo.

"Tenho mais de 30 anos de Folha e nunca tinha visto uma situação assim", diz Luiz Antonio de Oliveira, diretor industrial da empresa. Ele se refere às dificuldades para distribuir o jornal.

Parte dos assinantes da capital não recebeu seu exemplar. No restante do país, a distribuição foi normal.