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Descrição de chapéu Coronavírus

Associação prevê que 10% dos bares e restaurantes de SP devam quebrar

Governo mandou fechar estabelecimento por 15 dias; entidade vê falência de 80% se quarentena durar 3 meses

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São Paulo

Associações ligadas a bares e restaurantes de São Paulo ainda não têm números concretos sobre os impactos que o fechamento dos estabelecimentos em razão do coronavírus, anunciados neste sábado (21), pode causar no setor. As estimativas, no entanto, não são nada otimistas.

Neste sábado (21), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB-SP), decretou o fechamento, por 15 dias, de todos os serviços não essenciais, incluindo bares e restaurante, em todo o estado.

A Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes) afirma que, na melhor hipótese, cerca de 10% dos estabelecimentos da capital paulista devem fechar com a crise deflagrada para conter o surto de coronavírus.

“Isso equivaleria a cerca de 30 mil funcionários que perderiam os empregos”, disse o presidente da Abrasel São Paulo, Percival Maricato.

O setor emprega 300 mil pessoas na capital.

Segundo ele, os números podem mudar dependendo de muitas variáveis.

“Precisamos ver se vai vender mais ou menos delivery, se o governo vai dar mais ou menos subsídio. Ainda é muito cedo para tentar fechar um número.”

A estimativa da Anep (Associação da Noite e do Entretenimento Paulistano) é ainda mais dramática.

A associação afirma que 80% das casas noturnas, bares e baladas da cidade podem fechar as portas para sempre caso a quarentena se estenda e dure cerca de três meses.

“Ainda são números preliminares. Estamos fazendo uma pesquisa para definir o impacto levando em conta número de funcionários e faturamento das casas”, diz Paulo Barão, assessor de imprensa da associação.

Na terça-feira (17) a Anep enviou uma carta aberta ao governador e ao prefeito da capital, Bruno Covas (PSDB-SP). No documento a associação pedia o decreto de fechamento, mas também solicitava que os governantes suspendam o vencimento de todas as dívidas e parcelamentos de tributos estaduais e municipais enquanto perdurar o fechamento, "prorrogando o seu vencimento por igual período”.

Também estavam entre as demandas a suspensão de cobranças como água e luz e a isenção de tributos estaduais e municipais por um período de pelo menos três meses.

A associação chegou a marcar uma reunião na prefeitura. “Mas tiveram que desmarcar em razão dos acontecimentos recentes e ainda não remarcaram”, diz Barão.

Até agora nenhum dos pedidos foi atendido.

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