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Consequências econômicas serão maiores do que 5.000 ou 7.000 que vão morrer, diz dono do Madero

Aliado do governo Bolsonaro, Junior Durski é sócio de Luciano Huck

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Curitiba

O empresário paranaense Junior Durski, dono da rede de restaurantes Madero, compartilhou nesta segunda-feira (23) um vídeo nas redes sociais em que critica medidas restritivas sobre setores econômicos como resposta à expansão do novo coronavírus no Brasil.

Ele afirma que o número de mortes causadas pela doença não será tão grave quanto o de desempregos.

“O Brasil não pode parar dessa maneira. O Brasil não aguenta. Tem que ter trabalho, as pessoas têm que produzir, têm que trabalhar. O Brasil não tem que essa condição de ficar parado assim. As consequências que teremos economicamente no futuro vão ser muito maiores do que as pessoas que vão morrer agora com o coronavírus”, disse no vídeo.

Junior Durski, presidente do grupo Madero - Brunno Covello - 19.abr.18/Folhapress

"Não podemos [parar] por conta de 5 ou 7 mil pessoas que vão morrer, eu sei que é muito grave, sei que isso é um problema, mas muito mais grave é o que já acontece no Brasil", afirma ele.

Apoiador do governo de Jair Bolsonaro, Durski é sócio do apresentador de TV Luciano Huck, apontado como candidato à presidência em 2022.

No vídeo do Instagram, o empresário diz que deve haver um “controle” sobre as restrições. “Não pode simplesmente os infectologistas decidirem que tem que todo mundo parar independente das consequências gravíssimas que o Brasil vai ter na sua economia”, afirmou.

O empresário aponta ainda que inevitavelmente devem morrer milhares de pessoas com a nova doença e apresenta números maiores de óbitos por outras razões. Ele afirma, por exemplo, que, em 2018, foram 57.000 pessoas assassinadas e outras 6.000 mortas por desnutrição.

“Agora vão morrer 5.000 pessoas por coronavírus que nós não podemos evitar. Não tem como fechar tudo, se esconder do inimigo e não trabalhar”, completou.

Segundo Durski, caso os controles sobre setores da economia permaneçam, o número de desempregados no Brasil vai saltar para até 40 milhões no próximo ano, o que pode gerar outros tipos de mortes no futuro, como por doenças psicológicas.

“Estou preocupado com o Brasil, com a situação toda, com o pequeno empresário, o vendedor de pipoca, a pessoa que tem um mercadinho, um restaurantinho, um barzinho, esse vai quebrar e não vai ter o que fazer. Estou preocupado com os 30 milhões que não terão emprego em 2021. Tem que ser mais realista para esse negócio todo”, disse.

No vídeo, o empresário também afirma que vai manter os empregos dos seus cerca de 8.000 funcionários e que possui condições de manter seus estabelecimentos fechados por até seis meses. “Vamos pensar que tem que ser mais racional [...]. Não estou falando por mim, a minha empresa tem condições e recursos”, afirmou.

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