Siga a folha

Descrição de chapéu Cifras &

Pipoca, música e até peixinho beta entram na rotina do home office

Leitores da Folha contam como conciliam o trabalho em casa com o tempo ocioso das crianças em meio à pandemia do coronavírus

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

Por causa da crise do coronavírus, empresas começaram a autorizar funcionários a trabalhar remotamente. No outro lado, todos os estados cancelaram aulas na rede pública estadual. A suspensão também vale para a rede municipal das capitais, e alguns colégios particulares adotaram a medida.

Mas como fica conciliar o trabalho com o tempo ocioso das crianças? Leitores da Folha mandam seus relatos e contam como estão adaptando a rotina em meio à pandemia.

Por causa da crise do coronavírus, empresas começaram a autorizar funcionários a trabalhar remotamente - Carolina Daffara

Tenho 42 anos, sou casado e pai de três filhos. A crise do coronavírus já mudou totalmente nossa rotina, especialmente porque mudei de emprego recentemente e, já no primeiro dia, recebi orientação para trabalhar em home office.

Sou desenvolvedor de uma empresa de segurança da informação, e está sendo um bom desafio conciliar o trabalho em casa com as crianças. Minha esposa é auxiliar de enfermagem em um hospital, e, nos dias de plantão, minha sogra me auxilia, cuidando das crianças. Marco Antonio Damaceno Santana

Estou em home office. Sou assessora de imprensa, então não tenho muitas dificuldades para o exercício da função. Trouxe o notebook, tenho boa conexão e estamos fazendo reuniões diárias e trocando mensagens no grupo criado no WhastApp. Tenho uma filha de 12 anos e outra de 24.

Já trabalhei como freelancer há uns dois anos, então home office não é novidade para mim. Mas reconheço que, num apartamento de 69 metros quadrados, com quatro pessoas dentro e proibição de uso das áreas comuns do prédio, fica bem complicado. Já me imagino estressada daqui uma semana. Carla Espino

Somos quatro: a pequena Agnes, de dois anos e dez meses, eu (Danila) e Elton, os pais que fazem home office, e o mais novo morador, Nemo, peixinho beta comprado justamente para dar um novo ar à rotina de quarentena.

Desde a semana passada já começamos a nos preparar psicologicamente a estarmos todos juntos num pequeno apartamento na Saúde (SP). Com a nova rotina, revezamos brincadeiras, musiquinhas, atividades da casa e horário de trabalho. Tem dias que não vemos o chão, e o cômodo da casa mais organizado é a garagem! Mas, apesar de todo o caos, estamos vivenciando um momento muito próximo, de união, de alegria e amor. Danila Ribeiro

Sou servidora pública estadual do Tribunal de Justiça de MS, atualmente lotada no Fórum de Campo Grande. Estou cumprindo meus afazeres no computador de minha casa.

Quarta-feira (18) foi o primeiro dia. Saí do apartamento apenas para almoçar no restaurante da esquina, onde me sentei à mesa que fica na calçada, ao ar livre. No local sempre cheio, agora havia apenas uma mesa ocupada; no lado de dentro, apenas duas.

A diferença de trabalhar em casa é a música do rádio num bom volume e a pipoca no meio da tarde. Como moro sozinha, não fui interrompida nenhuma vez. Estou animada porque rendeu muito bem o meu serviço! Simone Possas Fontana

Estou em home office pela primeira vez em 28 anos de trabalho. A empresa está fazendo um rodízio entre home office e plantões físicos.

A experiência tem sido boa, acho que a produtividade aumentou muito. Eu fico em um cômodo separado que organizei para trabalhar. Meus filhos são adolescentes, então conversei com eles e combinamos algumas regras, como bater na porta e perguntar se eu posso falar.

É bom estar mais disponível para eles e poder acompanhar tudo de perto. Deixei perto de mim uma garrafa de água e um spray com álcool 70%. Iara Azevedo

Faço home office há mais de dois anos. Em meio à minha adaptação, atravessei a morte do meu marido. Parecia que tinha perdido tudo junto: meu casamento, meu marido, meus colegas de trabalho, convívio social. Mas eu tinha um propósito: manter meu trabalho.

Hoje tenho clareza do que me ajudou a fazer esse estilo de vida eficiente para mim e para o meu trabalho e vou listar aqui: delimite seu espaço de trabalho; avise o pessoal da casa; separe os materiais necessários; organize os horários; mantenha o foco; seja grato e faça pequenas pausas. Larissa Kassem

Sou mestrando em comunicação e minha universidade, a Unisinos, não vai ter aulas presenciais. Mas não é uma paralisação, pois as aulas serão dadas por videoconferência para nada atrasar.

Os seminários e eventos científicos estão todos adiados, mas o conteúdo de aula continua. Como sou bolsista e minha dedicação exclusiva é a pesquisa, tenho a sorte de poder ficar em casa trabalhando e só saio para comprar o básico (e sem estocar de maneira desnecessária para ajudar o coletivo).

É complicado não ter a rotina com professores e colegas, mas é algo necessário e que no fim das contas irá atrapalhar menos que o esperado inicialmente. Alison Rodrigues Soares

Estamos fazendo home office com uma criança em casa. É mais difícil, pois temos que manter a criança entretida com tarefas e alegria, dedicando atenção a ela e ao trabalho.

Um ponto dificílimo é quando a pandemia encontra pessoas que não têm conhecimento real das causas e das consequências e se inicia uma paranoia ao redor de cada pequeno ato. Ricardo de Freitas

Se você ou parentes estão fazendo home office, ou seu seus filhos estão em casa em decorrência da pausa nas escolas, mande seu relato para a Folha. Escrever para o email enviesuanoticia@grupofolha.com.br.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas