Siga a folha

Descrição de chapéu

EUA prendem dois homens acusados de ajudar na fuga de Carlos Ghosn

Ex-presidente da Nissan viajou escondido num jato particular durante fuga para o Líbano

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Londres | Financial Times

Os Estados Unidos detiveram dois homens acusados de ajudar Carlos Ghosn a fugir do Japão no ano passado, no mais recente capítulo da longa saga jurídica em torno do antigo executivo-chefe da Nissan.

Michael Taylor e seu filho, Peter Taylor, são procurados pelas autoridades japonesas por supostamente terem ajudado na fuga dramática de Ghosn em dezembro do Japão, onde estava sob liberdade condicional aguardando julgamento por crimes financeiros.

Os dois foram presos na quarta-feira (20), pouco antes de Peter Taylor voar de Boston para Beirute (Líbano), segundo documentos do tribunal. Ghosn mora atualmente em Beirute.
Michael e Peter Taylor deverão ser julgados por um juiz federal dos EUA na quarta à tarde.

Ex-presidente da Nissan, Carlos Ghosn, em Tóquio, Japão - Issei Kato - 6.mar.19/Reuters

O Ministério Público de Boston disse que os dois foram presos atendendo a mandados japoneses. Os promotores pediram que seja negada a fiança aos dois enquanto aguardam a extradição, afirmando que são "não apenas capazes de fugir" como são "especialistas no assunto".

Um advogado de Peter Taylor disse que ele não faria declarações agora. Um advogado de Michael Taylor não foi encontrado imediatamente para comentar.

As autoridades japonesas emitiram os primeiros mandados de prisão para a dupla em janeiro. Em fevereiro, Michael Taylor, um ex-boina-verde do Exército dos EUA, voou de Dubai para Boston, seguido por seu filho no mês seguinte, segundo documentos do processo.

O Japão enviou pedidos de extradição depois que eles voltaram aos EUA. Em 6 de maio, os EUA emitiram mandados de prisão para ambos.

A promotoria pediu que o tribunal não liberte nenhum dos dois mesmo que aleguem que poderiam contrair o coronavírus na prisão, afirmando que nenhum deles é de alto risco. Eles advertiram sobre "sérias repercussões diplomáticas" caso os homens sejam libertados sob fiança e escapem.

Michael Taylor já passou 14 meses preso por envolvimento em um esquema de suborno ligado a contratos militares de US$ 54 milhões no Afeganistão.

Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas