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Pedidos de seguro-desemprego caem na parcial de julho e retornam ao nível de 2019

Primeira quinzena do mês teve 288,8 mil solicitações do benefício, contra 294,5 mil em igual período do ano passado

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Brasília

Após três meses de alta nos pedidos de seguro-desemprego com o agravamento da pandemia do novo coronavírus, dados parciais de julho mostram uma redução na intensidade dos requerimentos feitos por trabalhadores demitidos.

Na primeira quinzena do mês, o número de solicitações retornou a um patamar semelhante ao observado na primeira quinzena de julho de 2019. Foram 288,8 mil pedidos registrados pelo Ministério da Economia, 1,9% a menos do que os 294,5 mil observados no mesmo período do ano passado.

Os dados de seguro-desemprego são usados pelo governo e por especialistas como um termômetro para avaliar a situação do mercado de trabalho antes da divulgação de dados oficiais mais completos sobre contratações e demissões.

O número das duas primeiras semanas de julho também caiu em relação à quinzena imediatamente anterior, quando foram registrados 301 mil pedidos. O recuo em relação à segunda quinzena de junho foi de 4,3%.

No total do ano, as solicitações ainda estão em patamar mais alto do que em 2019. De janeiro até a primeira quinzena de julho, 4,2 milhões de demitidos pediram seguro-desemprego, uma alta de 13,4% em relação ao período equivalente do ano anterior.

Membros do governo argumentam que os resultados, considerados positivos diante da gravidade da pandemia, são fruto de medidas anunciadas para evitar demissões, como a que autorizou suspensão de contratos ou corte de jornadas e salários após acordo entre patrão e trabalhador.

Pessoas afetadas pela medida recebem uma compensação parcial do governo em valor proporcional ao do seguro-desemprego. O custo total do programa é estimado em R$ 51,6 bilhões.

Esse gasto, somado a outras despesas feitas pelo governo por conta da pandemia, como o auxílio emergencial a informais, levaram a uma forte ampliação do rombo nos cofres públicos neste ano.

Relatório divulgado nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia estima que o ano será encerrado com um déficit de R$ 787 bilhões nas contas da União.

De acordo com o secretário do Tesouro, Bruno Funchal, esse dado poderá superar R$ 800 bilhões.

"O desafio fiscal já era grande, e aumentou significativamente por conta das ações para o enfrentamento da pandemia", disse.

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