Siga a folha

Descrição de chapéu desmatamento

Aprosoja rompe com Abag após aliança com ONGs sobre desmatamento na Amazônia

Presidente da associação dos produtores de soja diz que movimento indica conivência em 'denegrir a imagem do produtor rural'

Assinantes podem enviar 5 artigos por dia com acesso livre

ASSINE ou FAÇA LOGIN

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo | Reuters

A Aprosoja (Associação Brasileira de Produtores de Soja), já descontente com a atuação da nova gestão da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), rompeu com a entidade na última semana.

"Nossa voz não era mais ouvida... realizamos uma assembleia junto às 16 Aprosojas (estaduais) e a decisão foi unânime em ser contrário à postura que vem sendo adotada pela Abag, de fazer politicagem", disse o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz Pereira.

O estopim do rompimento foi uma recente aliança da Abag junto a ONGs contra o desmatamento na Amazônia. No último dia 15, a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, formada por 230 entidades, incluindo representantes do agronegócio –dentre eles, a Abag–, apresentou ao presidente Jair Bolsonaro um pacote de seis ações a serem adotadas para buscar a redução rápida e permanente do desmatamento no Brasil, especialmente na área da Amazônia Legal.

Pereira defende o direito de produtores utilizarem suas terras conforme prevê a legislação brasileira, que permite a abertura de determinado percentual das áreas verdes dentro da propriedade rural.

Para ele, estas "ONGs não têm interesse nenhum em preservar o meio ambiente", e o fato da Abag se aliar a elas indica que a associação é conivente em "denegrir a imagem do produtor rural".

Segundo Braz, todas as medidas propostas pela coalizão já estão sendo trabalhadas pelo setor produtivo junto ao governo federal. "Tenho ido direto ao (vice-presidente) general (Hamilton) Mourão", afirmou.

Pereira ainda disse que, desde a entrada da nova gestão, a associação do agronegócio passou a defender mais intensamente os interesses de bancos, em detrimento dos pleitos do setor, como a redução nas taxas de juros para crédito rural e combate às exigências "excessivas" no processo de tomada de recursos.

Em janeiro de 2019, o engenheiro de alimentos Marcello Brito assumiu a presidência da Abag no lugar do agrônomo Luiz Carlos Corrêa Carvalho (Caio), que permaneceu à frente da entidade por sete anos.

Procurada, a Abag afirmou por meio da assessoria de imprensa que não comenta saída ou entrada de associados.

"Isso faz parte de um processo normal dentro de entidades associativas", disse.

Além disso, o rompimento com a Aprosoja –que representa os produtores da principal commodity de exportação do país– não é motivo de preocupação, acrescentou a Abag.

Receba notícias da Folha

Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber

Ativar newsletters

Relacionadas