Apesar de quedas nos EUA, Bolsa sobe 0,8% e se aproxima dos 100 mil pontos
Ações em Wall Street recuam após resultados de bancos; dólar sobe para R$ 5,60
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Apesar da queda dos índices americanos nesta quarta-feira (14), a Bolsa brasileira conseguiu manter a trajetória de recuperação após as perdas de agosto e setembro. O Ibovespa fechou em alta de 0,8%, a 99.334 pontos. Este é o maior patamar desde 17 de setembro, quando a Bolsa estava a 100 mil pontos.
O índice brasileiro foi impulsionado pela alta de 9,2% nas ações da JBS, a R$ 21,48, após o braço americano da empresa firmar acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, declarando-se culpada de violar legislação americana contra corrupção com pagamento de multa de cerca de US$ 128 milhões (R$ 717 milhões).
O acordo retira parte de incertezas que pairavam sobre os planos da JBS em abrir capital de suas operações internacionais nos EUA.
Conforme a agenda política se enfraquece com eleições, investidores focam nos resultados das emrpesas no terceiro trimestre, que começaram a ser divulgados nos Estados Unidos nesta semana. A maior parte dos grandes bancos americanos teve queda no lucro, derrubando indíces acionários americanos.
Comentários do secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, de que um acordo entre republicanos e democratas para um novo pacote de estímulo provavelmente não seria alcançado antes do pleito fragilizaram ainda mais o sentimento.
"Eu diria que ter algo antes das eleições e executá-lo seria difícil apenas considerando onde estamos e o nível de detalhe, mas vamos tentar continuar a trabalhar nessas questões", afirmou Mnuchin nesta quarta.
O S&P 500 recuou 0,66%, Dow Jones 0,58% e Nasdaq, 0,8%. Na Europa, o índice Stoxx 600, que reúne as maiores empresas da região, caiu 0,11%.
O viés negativo levou o dólar a se fortalecer. A moeda fechou em alta de 0,4%, a R$ 5,6030, maior valor desde a quarta passada (7), quando foi a R$ 5,6230.
Nesta quarta, Bank Of America, Wells Fargo e Goldman Sachs divulgaram os resultados do terceiro trimestre. Enquanto o lucro dos dois primeiros caiu, o do terceiro quase dobrou.
O BofA foi atingido por maiores provisões para perdas com crédito e um declínio na receita, o que levou o lucro líquido a cair 15,8% para US$ 4,44 bilhões (R$ 24,77 bilhões), de US$ 5,27 bilhões (R$ 29,4 bilhões) um ano antes. As ações do banco caíram 5,3%, a US$ 23,62 (R$ 132,27).
O Wells Fargo teve uma queda de 56% em seu lucro com aumento de despesas. O banco lucrou US$ 2 bilhões (R$ 11,2 bilhões) no terceiro trimestre e não vê uma recuperação da receita o curto prazo e pretende fazer demissões para reduzir custos. Os papéis do banco se desvalorizaram 6%, a US$ 23,25 (R$ 130,20).
Já o Goldman Sachs teve um salto de 29% na receita de negociações de ativos, uma vez que os volumes do mercado financeiro quebraram recordes em uma recuperação após o tombo pressionado pelo coronavírus.
O lucro do banco superou expectativas e subiu 94% no trimestre, para US$ 3,5 bilhões de US$ 1,8 bilhão em 2019. As ações do Goldman tiveram leve alta de 0,2%, a US$ 211,23 (R$ 1.181).
Ao contrário de rivais como JPMorgan e BofA, o Goldman tem um negócio de varejo relativamente pequeno, o que o protegeu de inadimplências de empréstimos durante a pandemia.
No Ibovespa, a CSN abre a temporada na quinta-feira (15), após o fechamento do mercado. As ações da companhia subiram 0,5%, a R$ 18,40.
Já os papéis da Petrobras cederam mesmo com a alta do petróleo no exterior. Os preferenciais (mais negciados) caíram 0,8%, a R$ 19,97, e os ordinários (com direito a voto), 0,6%, a R$ 20,01. Já a PetroRio disparou 8%, a R$ 38,38, com analistas citando dados recentes de exportações de petróleo pelo estado do Rio de Janeiro.
Outra forte alta do dia foi da Rumo, que subiu 5,5%, a R$ 18,93.
(Com Reuters)
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters