Economia do Japão cresce em ritmo recorde no 3º tri após recessão por Covid-19
Analistas alertam que recuperação será moderada e que ressurgimento de casos prejudica perspectivas
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A economia do Japão cresceu no ritmo mais rápido já registrado no terceiro trimestre, recuperando-se com força da maior queda pós-guerra, conforme a melhora das exportações e do consumo ajudaram o país a emergir do dano provocado pela pandemia do coronavírus.
Entretanto, analistas citaram que a retomada é pontual diante do ápice da recessão e alertaram que qualquer outra recuperação na economia será moderada já que o ressurgimento das infecções prejudica as perspectivas.
A terceira maior economia do mundo expandiu a uma taxa anualizada de 21,4% entre julho e setembro, superando a expectativa do mercado de 18,9% e marcando o primeiro aumento em quatro trimestres, de acordo com dados do governo na segunda-feira (16).
Foi o maior aumento desde que dados comparáveis foram disponibilizados em 1980 e seguiu-se à queda de 28,8% no segundo trimestre, quando o consumo foi afetado pelo lockdown para impedir a disseminação do vírus.
"O crescimento forte entre julho e setembro foi provavelmente uma recuperação pontual de uma contração extraordinária causada pelas medidas de lockdown", disse Yoshiki Shinke, economista-chefe do Dai-ichi Life Research Institute.
"A economia pode não cair do precipício. Mas dada a incerteza sobre a perspectiva, eu preferiria a cautela em termos de ritmo de qualquer recuperação", disse ele.
A recuperação se deu principalmente pelo aumento recorde de 4,7% no consumo privado, com as famílias aumentando os gastos em carros, lazer e restaurantes, disse uma autoridade do governo em entrevista.
A demanda externa acrescentou 2,9 pontos percentuais ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), com as exportações aumentando 7,0%, mostraram os dados.
Mas os gastos de capital caíram 3,4%, encolhendo pelo segundo trimestre seguido em um sinal preocupante para as autoridades, que esperam revitalizar a economia com gastos do setor privado.
Receba notícias da Folha
Cadastre-se e escolha quais newsletters gostaria de receber
Ativar newsletters