Credit Suisse sofre nova cobrança antitruste da UE envolvendo investigação sobre câmbio
Setor financeiro está na mira há cerca de dez anos por manipular taxas de referência de juros, títulos do governo e de câmbio
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O Credit Suisse disse nesta segunda-feira (22) que sofreu nova cobrança antitruste da União Europeia, três anos depois que autoridades do bloco acusaram o banco suíço de fraude nas taxas de câmbio em um caso de quase uma década.
O setor financeiro está na mira antitruste da UE há cerca de dez anos por manipular taxas de referência de juros, títulos do governo e de câmbio, resultando em bilhões de euros em multas impostas a vários bancos.
A Comissão Europeia havia enviado em julho de 2018 uma nota de cobrança conhecida como 'comunicação de objeções' ao Credit Suisse, o segundo maior banco da Suíça. Cinco anos antes, o braço executivo da UE havia indicado investigação nesta área.
A comunicação de objeções normalmente estabelece atividades anticoncorrenciais descobertas por reguladores que podem levar a multas de até 10% do faturamento global de uma empresa.
O Credit Suisse confirmou na segunda o recebimento de uma comunicação de objeções adicional.
"O Credit Suisse continua a acreditar que não se envolveu em nenhuma conduta sistêmica nos mercados de câmbio que violou as regras de concorrência da União Europeia e está contestando o caso", disse o banco em um comunicado.
A Comissão, que enviou o documento na semana passada, disse que continua investigando a conduta anterior no mercado de câmbio à vista.
Em maio de 2019, a divisão de concorrência da UE aplicou uma multa total de 1,07 bilhão de euros a Barclays, Royal Bank of Scotland (RBS), Citigroup, JPMorgan e MUFG Bank por fraudes em negociações com moedas.
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